Por meio de um decreto, a presidente Dilma Rousseff instituiu, nessa
sexta (22), o programa de prevenção e proteção individual de gestantes
em situação de vulnerabilidade socioeconômica contra o Aedes aegypti. De
acordo com a publicação, o programa vai adquirir e distribuir
repelentes a gestantes beneficiárias do Programa Bolsa Família, dentre
outros aspectos. Realizadas pelo Ministério da Saúde, as ações serão
financiadas com os recursos do crédito extraordinário em favor do
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, aberto pela
Medida Provisória 716, implantada em março deste ano. O valor de crédito
previsto é de R$ 300 milhões.BAHIA NOTÍCIAS
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) encontraram, pela primeira vez
fora do continente africano, macacos infectados pelo vírus zika. A descoberta
no Brasil indica que, por ser capaz de contaminar outros hospedeiros além dos
humanos, a doença se espalha com mais facilidade e pode ser mais difícil de ser
contida do que os especialistas imaginavam. "Esse é um achado que nos
deixou muito preocupados porque mostra que o zika veio para ficar. Assim como
no caso da febre amarela, o vírus tem um ciclo não só em humanos, mas também em
animais silvestres, que podem tornar-se um reservatório. É por isso que, no
caso da febre amarela, mesmo com a vacina, a gente nunca conseguiu erradicar o
vírus, porque ele fica circulando entre os primatas. Isso não acontece com a
dengue, por exemplo", explica Edison Luiz Durigon, professor titular do
departamento de microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP e um
dos coordenadores do estudo, cujos resultados preliminares foram publicados no
periódico bioRxiv. Os macacos infectados pelo zika foram encontrados em
diferentes regiões do Ceará entre os meses de julho e novembro do ano passado.
Cientistas do ICB-USP e do Instituto Pasteur estavam no local capturando saguis
e macacos-prego para um estudo sobre a raiva. "Resolvemos testá-los
também para o zika e, para nossa surpresa, 29% das amostras deram positivas,
todas elas de macacos capturados em áreas onde há notificação de zika e
ocorrência de microcefalia", diz o pesquisador, um dos integrantes da Rede
Zika, força-tarefa de cientistas paulistas criada no ano passado, com auxílio
financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), para
estudar o vírus. BAHIA NOTÍCIAS
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