O ator Edson Celulari, de 58
anos, anunciou nesta segunda-feira (20) que foi diagnosticado com linfoma
não-Hodgkin. O câncer é o mesmo que
acometeu a presidente afastada, Dilma Rousseff, o também ator Reynaldo
Gianecchini e Luiz Fernando Pezão, governador do Rio.
O linfoma é um tipo de
câncer que atinge o sistema linfático, estrutura que tem como uma de suas
principais funções a produção de células de defesa. A doença se divide em dois
tipos: Hodgkin e não-Hodgkin. O primeiro tipo é menos comum, atinge jovens, entre
15 e 30 anos, e tem maior chance de cura.
O segundo é mais prevalente,
correspondendo a cerca de 80% de todos os casos da doença. "Entre os
linfomas não-Hodgkin, existem desde subtipos com crescimento bastante lento até
aqueles de comportamento mais agressivo", explica Phillip Scheinberg,
coordenador de hematologia do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes, do
Hospital São José da Beneficência Portuguesa de São Paulo. Segundo o
médico, o linfoma não-Hodgkin atinge geralmente pessoas mais velhas, mas,
dependendo do subtipo, pode também ser diagnosticado em pacientes
jovens. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 10.240
brasileiros deverão ser diagnosticados com linfoma não-Hodgkin em 2016 e outros
2.470 com o linfoma de Hodgkin. Dos 12.710 casos das doenças previstos para
este ano, 6.660 deverão acontecer em homens e 6.040, em mulheres.
Ainda segundo dados do Inca,
os dois tipos de linfoma provocaram 4.690 mortes em 2013, último dado
disponível. BAHIA NOTÍCIAS
Inflamação da picada do Aedes ajuda vírus a
se multiplicar, diz estudo
As picadas de
mosquitos não provocam apenas coceira, inchaço e irritação: elas também ajudam
os vírus da zika e da dengue a se multiplicarem, de acordo com um novo estudo
liderado por cientistas britânicos.
Segundo os autores
da pesquisa, a inflamação no local da picada pode ser um fator importante para
explicar por que a dengue e a zika são assintomáticas em algumas pessoas e, em
outras, tornam-se doenças graves, provocando hemorragias, má-formação e morte.
A pesquisa,
liderada por Clive McKimmie, da Universidade de Leeds (Reino Unido), foi
publicada nesta terça-feira, 21, na Immunity, revista científica do grupo Cell.
Os pesquisadores agora querem descobrir se o uso de cremes anti-inflamatórios
no local da picada do mosquito pode impedir a evolução da infecção.
Até agora,
cientistas acreditavam que as diferenças observadas no grau de severidade de
doenças como a dengue e a zika deveriam ser determinadas por variações
genéticas nos vírus, ou nos pacientes. Mas, com inúmeros estudos sendo feitos
em um esforço mundial para deter a epidemia de zika, vários resultados sugerem
que o Aedes aegypti está diretamente envolvido na severidade das doenças.
Na última
quinta-feira, 16, conforme noticiado pela reportagem, outra pesquisa feita por
cientistas dos Estados Unidos e Bélgica mostrou que a saliva do Aedes aegypti
torna os vasos sanguíneos mais permeáveis, acelerando o alastramento do vírus.
Agora, os
cientistas britânicos deram um novo passo ao mostrar que, com a introdução da
saliva, a inflamação no local da picada também ajuda a replicação dos vírus,
resultando em infecção mais severa.
"As picadas
de mosquito não são apenas irritantes - elas são fundamentais para que os vírus
se espalhem e causem a doença. Antes desse estudo, pouco se sabia sobre os
eventos e processos que ocorrem no local das picadas", disse McKimmie.
"Agora
queremos estudar se medicamentos como cremes anti-inflamatórios podem impedir
que o vírus estabeleça a infecção se forem utilizados com rapidez suficiente
depois que aparece a inflamação produzida pela picada", afirmou o
cientista.
O estudo foi feito
em camundongos. Segundo McKimmie, a saliva do mosquito, injetada na pele do
animal no momento da picada, desencadeia uma resposta imunológica, atraindo
certos glóbulos brancos (células de defesa do organismo) para o local da
picada. Mas, em vez de ajudar a destruir os vírus, algumas dessas células de
defesa são infectadas e acabam ajudando a replicá-los.
A equipe injetou
diferentes vírus na pele de camundongos, com e sem a presença da picada de
mosquito no local da injeção, para comparar as reações. Sem a picada do mosquito
- e sem a inflamação que ela desencadeia -, os vírus não conseguiam se replicar
muito bem. Já na presença da picada, foi observada uma alta taxa de replicação
do vírus ainda na pele.
"Isso foi uma
grande surpresa. Esses vírus não são conhecidos por infectar células do sistema
imune. Além disso, quando nós fizemos com que essas células imunes parassem de
se dirigir para o local da picada, a picada do mosquito parava de aumentar a
infecção", afirmou McKimmie. A TARDE
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