A ideia de que qualquer tipo
de medicamento, quando utilizado durante a gravidez, traz riscos, tem feito
mulheres evitarem tomar remédios que, na verdade, são seguros. A conclusão é de
um estudo realizado pela Universidade de East Anglia, no Reino Unido, e
publicado no International Journal of Clinical Pharmacy, que ouviu 1.120
mulheres.
O principal problema em relação a esse medo do uso de medicamentos
durante a gravidez é quando ele impede que grávidas recebam tratamento adequado
para infecções do trato urinário, o que pode trazer complicações. Michael
Twigg, um dos autores do estudo afirma que o objetivo do estudo era "saber
como essas crenças e medos afetam o consumo de remédios, se eles impedem que
mulheres tomem medicamentos que são, na verdade, seguros".
A pesquisa
questionou as mulheres sobre quais problemas de saúde tinham durante a gravidez
e se elas consideravam o uso do medicamento durante a gravidez mais prejudicial
do que benéfico e se elas haviam deixado de tomar medicações durante a
gestação. Dentre os resultados, o estudo conclui que muitas mulheres acreditam
que tomar paracetamol para combater a dor durante a gravidez é arriscado, o que
não corresponde à realidade.
Dentre as entrevistadas, 72% afirmaram que
deixaram de usar certos medicamentos durante a gravidez, como paracetamol,
descongestionantes nasais, medicamentos para resfriado e tosse, entre outros.
Twigg afirmou que "uma das coisas mais preocupantes que descobrimos foi
que muitas mulheres que tiveram uma infecção do trato urinário não tomaram
medicação. Se não tratadas, as infecções do trato urinário podem provocar
complicações significativas e prejudicar o feto", afirmou Twigg. "O
que isso nos mostra é que as mulheres precisam de mais informações sobre a
segurança do uso de medicamentos durante a gravidez para encorajá-las a tratar
as condições de forma efetiva", completou. BAHIA NOTÍCIAS
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