Uma pesquisa realizada recentemente pelo Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP traçou um panorama das práticas e dos tabus dos relacionamentos sexuais no país e os impactos destes nas relações interpessoais, afetivas e sociais.
Um dos itens da pesquisa que chamou atenção foi o questionamento do que é qualidade de vida. Enquanto a Organização Mundial da Saúde considera o sexo como um dos quatro pilares da qualidade de vida.
No Brasil, para os homens, em primeiro lugar está se alimentar, seguido de tempo para conviver com a família e em terceiro lugar está a prática do sexo, na frente de dormir bem, trabalhar no que se gosta e cuidados com a saúde. Já para as mulheres, o sexo vem em 8º lugar, perdendo na preferência feminina somente para a prática de exercícios físicos e sair de férias em família.
De acordo coma médica psiquiatra e pesquisadora Carmita Abdo, esse quadro está relacionado à forma como as mulheres foram condicionadas a manterem distância psíquica dos seus corpos. Esse é um traço cultural, uma influência ambiental que acaba sendo transmitida por gerações através da epigenética. “Para a gente mudar isso, teremos de viver novos tempos e novas influências, para que as mulheres passem a ter um contato melhor com seus corpos. A mulher precisa se apropriar do seu corpo e também entrar em contato com as sensações físicas na mesma medida que os homens entram”, aconselha a especialista. BAHIA NOTÍCIAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário