Um teste caseiro para diagnóstico
de HIV começará a ser usado no País no próximo ano. Desenvolvido pela Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz), o exame é feito com base em análises de saliva.
Organizações não governamentais já
começam a ser treinadas para o uso adequado do kit. Na primeira etapa, o exame
será oferecido para populações consideradas vulneráveis para a doença, como
profissionais do sexo, gays, usuários de drogas e travestis. Depois de abril,
ele deverá ser vendido em farmácias. "Esse é o futuro", disse ao
jornal O Estado de S. Paulo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério
da Saúde, Jarbas Barbosa. "O teste é uma ferramenta valiosa para ampliar o
diagnóstico da doença", completou.
Nos últimos anos, várias campanhas
para incentivar a testagem foram realizadas. Exames rápidos também passaram a
ser oferecidos em serviços públicos de saúde. Os números obtidos até agora, no
entanto, são considerados tímidos.
O governo estima que 150 mil pessoas
tenham HIV no Brasil e não saibam. O problema é considerado grave porque reduz
as chances de o tratamento ser iniciado na fase inicial da doença. A terapia
precoce, além de garantir a qualidade de vida para o soropositivo, é
considerada por especialistas instrumento importante para prevenir novas
infecções pelo vírus.
Quando o portador do HIV está sob
tratamento, a quantidade de vírus circulante em seu organismo cai, reduzindo o
risco de infecção do parceiro em relações sexuais desprotegidas. "Além disso,
quando a pessoa sabe da sua condição sorológica, ela pode reforçar as medidas
de prevenção", disse Barbosa.
Outra tentativa. Trata-se da
segunda geração do teste para HIV feito com saliva desenvolvido pela Fiocruz.
"Na primeira versão, o valor preditivo apresentava falhas", disse o
secretário. O exame atual é considerado seguro e confiável.
Hoje, 20 organizações não
governamentais estão em treinamento para usar o teste. Outras 20 deverão ser
recrutadas. A expectativa é de que até o início do ano uma portaria com as
regras para padronizar o teste seja publicada. Para a venda em farmácias,
segundo Barbosa, será preciso um registro, emitido pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa). As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.
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