Paulo César Perrone, ex-baterista da banda Estakazero, morreu aos 35
anos na madrugada deste sábado (28), após sofrer uma parada cardíaca.
Baleado em 2011 durante um assalto, Perrone tinha sido internado
recentemente no centro de tratamento intensivo (CTI) do Hospital
Espanhol, onde passou por tratamento por conta de uma infecção.
Em conversa com o Correio24horas, a irmã do músico, Lidiane Roriz,
disse que Perrone foi internado na noite de ontem (27) na Unidade de
Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital das Clínicas. “Ele deixou o
Espanhol no dia 6 de dezembro, mas contraiu outra infecção respiratória e
começou a apresentar complicações ontem, com dificuldades para
respirar”, relata. “Conseguimos uma vaga [no hospital], mas ele teve uma
parada cardíaca por volta das 2h e os médicos não conseguiram
reanimá-lo”.
O corpo de Perrone foi encaminhado para o Departamento de Polícia
Técnica (DPT), onde deve passar por perícia antes de ser liberado para o
sepultamento. Os detalhes do local e horário do enterro do baterista
ainda não foram confirmados.
Lidiane ainda falou um pouco sobre a situação da família do músico –
especificamente sobre a mãe dele, Lúcia Roriz, que cuidava de Perrone e
acompanhava de perto o tratamento desde que o baterista foi baleado.
“Ela está péssima. Todos nós morávamos juntos, então sempre fomos
muito próximos, mas ela está pior, claro. Não há nada que se compare a
dor que ela está sentindo”, conta Lidiane. “Não é natural uma mãe ter
que enterrar o próprio filho”.
Antes de morrer neste sábado, Perrone tinha sido internado no
Hospital Geral do Estado (HGE) no dia 27 de outubro, após ter sofrido
convulsões e do HGE foi transferido no dia seguinte para a UTI do
Hospital Alayde Costa, primeiro a disponibilizar uma vaga.
Já no dia 30 de outubro, foi apontada a necessidade de transferência
para um hospital que dispusesse de unidade neurológica avançada, para
melhor atender o músico.
Relembre o caso
Perrone foi baleado na cabeça, em julho de 2011, quando passava com o
seu carro, um Fiat Uno, na Alameda das Espatódeas, no Caminho das
Árvores. Vítima de uma saidinha bancária, ele foi abordado por dois
homens em uma moto que efetuaram o disparo mesmo com o movimento intenso
na via.
No dia 14 de agosto do mesmo ano, os três homens foram acusados de
latrocínio (roubo seguido de lesão corporal grave) e condenados a pena
máxima de 30 anos de reclusão, mas ficarão presos por 20 anos, já que
tiveram suas sentenças reduzidas em um terço.
Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização
(SEAP), os três assaltantes, Leonardo Bruno dos Santos Santana, Clécio
de Sousa Alves e Luiz Claudio Dacttes Magalhães, ainda não demonstraram
interesse nas atividades e projetos que reduzem pena, o que é comum para
presos recentes. Fonte: Correio
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