A menos de três meses do início da
Olimpíada Rio 2016, a situação da saúde na capital fluminense é preocupante, de
acordo com o Conselho Regional de Medicina (Cremerj). O presidente da entidade,
Pablo Vázquez, disse na última sexta-feira (20) que a chegada dos mais de 800
mil turistas esperados para o evento pode prejudicar o atendimento à população
como um todo. "É necessário que o governo federal, o estadual e o
municipal façam investimentos extraordinários no planejamento estratégico da
Olimpíada se quisermos ter uma assistência médica de qualidade", afirmou à
Agência Brasil. Na quinta, Vázquez se reuniu com representantes do Comitê
Olímpico Rio 2016, integrantes da prefeitura e do governo estadual para buscar
uma solução emergencial. Segundo ele, um dos riscos é o desabastecimento dos
bancos de sangue da cidade. "É importante que a partir desse evento
[reunião com os representantes] eles entendam que, se o estoque de sangue no
Rio de Janeiro não ficar em nível adequado, por conta de greve do setor administrativo,
que outros estados forneçam, que fiquem de prontidão, que o governo federal
venha para cá, as Forças Armadas, para garantir esse atendimento". De
acordo com o vice-presidente da entidade, Nelson Nahon, faltam quase 200 leitos
de Centros de Tratamento Intensivos (CTIs) no Rio de Janeiro. "Teríamos
condições de ter, na Santa Casa do Rio de Janeiro, 400 leitos de retaguarda
para clínica médica que não estão funcionando. Tivemos o fechamento do Hospital
Juscelino Kubitschek, em Nilópolis, com quatro andares, maternidade e pronto
socorro e emergência", apontou. Para Nahon, a integração da rede de leitos
municipal, estadual e federal poderá reverter esse déficit. BAHIA
NOTÍCIAS
Testes com vacina contra Zika serão iniciadas em novembro, anuncia
Ministério da Saúde
A vacina para combate ao vírus Zika
estará disponível para testes pré-clínicos a partir de novembro. Resultado de
parceria entre o Instituto Evandro Chagas, do Ministério da Saúde, e a
Universidade Medical Branch do Texas, Estados Unidos, o estudo conta com um
investimento de aproximadamente R$ 10 milhões, conforme informação divulgada na
última sexta-feira (20) pelo ministério. De acordo com ministro Ricardo Barros,
a pesquisa, que teria prazo inicial de 12 meses, está sendo antecipada para
nove meses. "Isso mostra a importância do Instituto Evandro Chagas como
célula fundamental de desenvolvimento de tecnologia em saúde no Brasil",
afirmou. A vacina deverá ser administrada em dose única, segundo a Agência
Brasil, e utilizará o vírus Zika atenuado. Inicialmente, o público-alvo da
imunização será de mulheres em idade fértil. Caso as fases de testes ocorram dentro
do esperado, em dois anos a vacina deve estar pronta para produção em escala
comercial. Inicialmente, a vacina não será aplicada em gestantes, mas o
instituto também desenvolve outra tecnologia, a partir do DNA recombinante do
vírus para ser utilizado em grávidas. Essa vacina deverá estar disponível para
testes até fevereiro de 2017, de acordo com a previsão do Instituto Evandro
Chagas. Em fevereiro de 2017 devem ser iniciados os estudos clínicos em seres
humanos para testar sua eficácia na população. Essa etapa será executada pelo
Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz). O
ministério estuda formas para acelerar o processo de liberação da vacina, que
normalmente leva cinco anos para ser concluído. BAHIA NOTÍCIAS
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