O surto de gripe colocou em dúvida a eficiência do tipo de vacina disponível na rede pública comparada com a comercializada nas clínicas particulares. O doutor Marco Aurélio Palazzi Safadi, do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) esclarece que a vacina contra o vírus Influenza ministrada nos postos de saúde não tem a cepa desatualizada e nem é menos resistente a doença.
“A vacina gratuita é perfeitamente atual. Quem tomou esta vacina está igualmente protegido. A única diferença para a quadrivalente é que esta possui uma cepa a mais, o que pode garantir uma vantagem”, assegura.
Ainda que haja vacinas que não estejam incorporadas no calendário nacional, segundo ele, algumas delas valem a imunização mesmo que sejam pagas. “A vacina HPV para meninos, meningocócica tetravalente, meningocócica B e a Influenza para aqueles que estão fora dos grupos de risco são imunizações importantes e que compensam o investimento mesmo que sejam mais caras”.
A procura maior de vacinas por outras faixas etárias, como adultos e idosos, deu uma guinada no mercado, como aponta o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), Renato Kfouri. “Há vacinas que a rede pública não disponibiliza e isso acaba movimentando a procura de vacinas na rede privada, porque mesmo assim estas pessoas continuam vulneráveis a determinada doença”, pontua.
Vacinas ofertadas nos Postos de Saúde
Crianças BCG, Hepatite B, Penta, VIP/VOP, Pneumocócica 10V, Rotavirus Humano, meningocócica C, Febre Amarela, Hepatite A, Tríplice Viral, Tetra Viral, DTP, Influenza (campanha).
Adolescentes Hepatite B, Febre Amarela, Tríplice viral, HPV, Dupla Adulto (dT).
Adultos Hepatite B, Febre amarela, tríplice viral (até 49 anos) e Dupla Adulto (reforço a cada 10 anos).
Idosos Hepatite B, Febre amarela (uma dose de reforço a depender da situação vacinal), Dupla Adulto (reforço a cada 10 anos) e Influenza (campanha).
Gestantes Hepatite B (3 doses a depender da situação vacinal), Dupla Adulto, Dtpa (uma dose a cada gestação entre a 27ª e a 26ª semana) e Influenza (campanha). CORREIO DA BAHIA
Zika afeta os mais pobres e pode atingir África e Ásia, diz OMS
Prestes a completar um ano do surto do vírus
zika no Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que são os mais
pobres que mais sofrem com a doença, que a proliferação de casos está ligado à
falta de investimentos e que o vírus dá todas as indicações de que não vai
parar nas Américas e pode atingir África e Ásia.
Para a entidade, é "improvável que o zika
simplesmente desapareça". No dia 7 de maio de 2015, o sistema da OMS
recebeu a primeira confirmação de um caso registrado em laboratório no Brasil.
Aquele era o resultado de pelo menos três meses da busca por uma explicação
para um fenômeno novo que havia aparecido no Nordeste do País. A suspeita
inicial era de dengue, mas os casos foram dados como negativos pelos
exames. Em abril daquele ano, os primeiros testes apontaram para zika, no
entanto, as dúvidas continuaram, já que a doença jamais havia atingido as
Américas. Finalmente, no dia 7 de maio, testes laboratoriais confirmaram a
presença do zika.
Para os especialistas, o vírus foi trazido
"quase com certeza" da Polinésia Francesa, já que os exames apontam
para o fato de que o identificado no Brasil é idêntico ao do Pacífico. Uma
possibilidade é de que tenha chegado ao País em agosto de 2014, num campeonato
mundial de canoagem, no Rio de Janeiro. O evento contou com quatro nações do
Pacífico, entre elas a Polinésia Francesa. No final de 2014, exames
retrospectivos apontaram que a doença já estava presente no País. "Uma vez
estabelecido no Brasil, a proliferação do zika foi explosiva dentro do País e
na América Latina", constatou a OMS. "Em um ano, o vírus estava em
praticamente todos os países infestados pelo mosquito do Aedes aegypti".
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