Com seis mortes registradas na Bahia e 25 casos confirmados até esta
semana pela Sesab, Secretaria de Saúde do Estado, a gripe causada
pelo H1N1 tem assustado e muito os baianos. Com a liberação da vacina
na Bahia, os postos ficaram lotados durante a semana e o medo tomou conta da população,
evidenciando a necessidade de esclarecer as dúvidas sobre a doença e como
ocorre sua transmissão.
O especialista André Prudente, presidente da
Sociedade de Infectologia do Rio Grande do Norte, esclareceu em entrevista
ao site Portal no Ar que a gripe suína ou influenza A é causada pelo vírus
H1N1, que trata-se de uma variação do vírus da gripe comum e possui
sintomas bem mais agressivos, sendo esta a única diferença entre as duas.
"Apesar de mais intensos, os sintomas são iguais, bem como o tratamento",
disse ele.
Quando o assunto é prevenção, além da vacinação -
principal forma de estar protegido da gripe - o médico recomenda cuidados
simples de higiene como manter as mãos sempre limpas, evitar levá-las à
boca sempre que for espirrar e evitar lugares com aglomeração. O vírus é
transmitido por via respiratória, por meio de secreções, e pode sobreviver até
oito horas no ambiente. “São cuidados simples, mas que fazem a
diferença”, alertou. O médico esclarece também que comer carne de porco não
oferece nenhum risco de pegar o vírus, e que a vacina não possui efeitos
colaterais registrados.
Mulheres grávidas e amamentando podem e
devem tomar a vacina, estando entre os grupos aos quais ela é direcionada.
Pessoas resfriadas também podem tomar, pois a vacina evitará que ela pegue
novamente o vírus, por proteger de todos os tipos de gripe. Vale lembrar
que vacina é renovada anualmente, já que o vírus sofre diversas
mutações com o passar do tempo.
O H1N1 pode matar, mas apenas em casos
extremos. Portanto, a prevenção e cuidados com higiene ganham dupla
importância. A qualquer sinal de dores no corpo, tosse, febre e mal-estar, é
importante não se desesperar e cuidar da gripe, procurando ajuda médica.
Os grupos de risco que podem receber a vacina
gratuitamente nos postos da rede pública são: crianças a partir de seis
meses até os 5 anos de idade, gestantes, mulheres que acabaram de dar a luz e
lactantes, trabalhadores da área de saúde, indígenas, idosos com mais de 60
anos, presos, pessoas que possuem problemas cardíacos, diabéticos, pacientes
renais, asmáticos e portadores de outras doenças crônicas, sendo necessário
levar exame que comprove sua condição. IBAHIA
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