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quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Câncer em idosos pode ter relação com maus hábitos ao longo da vida

O câncer é uma doença de causa desconhecida, porém, há fatores que podem colaborar para o seu desenvolvimento. No caso dos idosos, os tumores são majoritariamente originados por maus hábitos e estilos de vida inadequados ao longo dos anos. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), quem tem mais de 65 anos é 11 vezes mais propenso a desenvolver uma doença cancerígena do que pessoas com idade inferior.
De acordo com a Dra. Aline Thomaz, geriatra da Rede de Hospitais São Camilo de SP, com o avanço da idade e após ter vivido por décadas no sedentarismo, alimentação não saudável – principalmente rica em carne vermelha - e práticas como fumo e bebidas alcóolicas, aumentam as chances do surgimento do câncer. “O tumor de pele não melanoma é um dos mais frequentes e tem como principal causa os vários anos de exposição ao sol. Também nesta faixa etária, ainda são comuns os cânceres de próstata, mama, intestino, pulmão, estômago e leucemia”, conta.
Os principais sintomas que podem direcionar a suspeita de câncer na terceira idade são: o emagrecimento inexplicado, falta de apetite, alteração do hábito intestinal (diarreia ou constipação), perda de sangue pelas fezes, cansaço excessivo, palidez ou pele amarelada. “Estes sinais devem ser avaliados com exames pelo médico a fim de descartar esta possibilidade”, explica a especialista.
Importância do check-up
Quando há um câncer em evolução no organismo, quanto mais rápido for diagnosticado, maior será a probabilidade de um tratamento eficaz. Para isso, a geriatra do Hospital São Camilo recomenda visitas médicas regulares para o monitoramento contínuo de doenças crônicas como a hipertensão, diabetes, osteoporose, entre outras. “Nelas, podem ser solicitados exames simples como hemograma que detecta a leucemia, por exemplo. Após os 60 anos é importante fazer pelo menos uma avaliação anual caso não tenha nenhuma doença crônica, se o idoso for portador de pelo menos uma doença crônica, esta frequência já deve ser em cerca de seis meses”, reforça a Dra. Aline.
Tratamento multidisciplinar
A especialista conta que é preciso estabelecer estratégias precisas para o tratamento do câncer no idoso com o objetivo de priorizar pela qualidade de vida a partir do trabalho em conjunto da equipe multidisciplinar, são eles: geriatra, oncologista, cirurgião, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, nutricionista, odontólogo, assistente social e farmacêutico clínico. “No caso de idosos, pode fazer muita diferença para um resultado mais eficaz, com recuperação rápida e reduzindo complicações clínicas. A ausência de qualquer um destes profissionais pode gerar lacunas e ter um impacto negativo, por exemplo: a do fisioterapeuta tende a aumentar muito o risco de complicações pulmonares ou tromboses na radioterapia e quimioterapia, já a falta do fonoaudiólogo pode aumentar o risco de broncoaspiração, situação extremamente grave em qualquer caso”, detalha a Dra. Aline.
Além disso, estudos já comprovaram que a forma como a pessoa recebe a informação do diagnóstico de câncer fará enorme diferença em sua aderência ao tratamento. A médica explica que o acolhimento é fundamental, uma vez que em casos avançados, os cuidados paliativos podem ser a única alternativa. “Ouvir e compartilhar as diretrizes do tratamento de forma sóbria, humana, sem falsas esperanças, mas traçando um plano de cuidados em conjunto com a família são medidas que proporcionam bem-estar e devem acontecer durante todo o tempo, cuidando também do estado emocional”, finaliza a geriatra. ACORDA CIDADE

domingo, 11 de agosto de 2019

Ministério da Saúde tira dúvidas sobre transmissão do sarampo

 No último balanço apresentado pelo Ministério da Saúde, o Brasil registou, entre os dias 5 de maio e 3 de agosto, 907 casos confirmados de sarampo em três estados: São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. A doença circula no país desde dezembro de 2017 e o ressurgimento do vírus, que não era registrado desde 2015, fez o país perder o Certificado de Eliminação do Sarampo, entregue pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). A doença é altamente contagiosa. Pode ser transmitida pela respiração, tosse ou espirro da pessoa contaminada. Para tirar dúvidas sobre o sarampo, a Agência Brasil entrevistou diretor do Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Júlio Croda.

Agência Brasil: Quais são os principais sintomas do sarampo?
Júlio Croda: Os principais sintomas são febre e pele avermelhada, conhecida como exantema. Também podem ser apresentados coriza e conjuntivite.

Agência Brasil: O contágio da doença é fácil?
Croda: É muito fácil. O sarampo é uma doença transmitida pelo ar, por gotículas e é o que apresenta a maior transmissibilidade das doenças transmitidas pelo ar. Uma pessoa infectada pode transmitir a doença para 15 a 20 pessoas em um mesmo ambiente.Agência Brasil: Existe risco de morte?

Croda: Existe para alguns grupos populacionais especiais, principalmente crianças desnutridas, imunossuprimidos e crianças abaixo de um ano.
Agência Brasil: Como a doença pode ser detectada?
Croda: A doença geralmente é detectada através dos sinais e sintomas clínicos. Também existe o exame laboratorial que pode confirmar a doença.

Agência Brasil: Quais são os locais no Brasil com maior incidência da doença?
Croda: Atualmente nós temos três estados com casos notificados e confirmados. São Paulo concentra 90% dos casos. A gente tem um caso na Bahia e cinco casos no Rio de Janeiro.

Agência Brasil: A vacinação do sarampo faz parte do calendário nacional de vacinação?
Croda: A vacinação faz parte do calendário nacional. Ela é dada dos 12 aos 15 meses. Toda a população entre um ano e 49 anos deve ter duas doses no seu cartão vacinal. Importante ressaltar que os profissionais de saúde devem tomar essas duas doses. Eles fazem atendimento à população e isso evita a infecção e adoecimento desses profissionais.

Agência Brasil: A vacina é segura?
Croda: A vacina é muito segura. Essa vacina tem décadas de uso, uma dose protege 93% e duas doses têm uma eficácia de 97%.

Agência Brasil: Quem pode vacinar?
Croda: Quem pode vacinar são crianças a partir de 12 meses até 49 anos de idade. Todos devem ter, idealmente, uma dose entre um ano e 29 anos e tomar a segunda dose entre 30 e 49 anos.
Atualmente, por conta do aumento do número de casos, nós estamos recomendando que crianças de seis meses a um ano que residam em municípios onde há transmissão da doença tomem uma dose extra da vacina. Crianças da mesma idade que vão viajar para esses municípios também precisam de uma dose extra.

Agência Brasil: Existem medidas que as pessoas podem tomar para evitar a doença?
Croda: As principais medidas para a prevenção são lavagem de mãos adequadamente, proteger o espirro com a mão e evitar locais aglomerados. O paciente que for diagnosticado com a doença deve ficar em seu domicílio. Essa medida é chamada de isolamento domiciliar, e evita que outras pessoas da comunidade sejam infectadas. Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Viagens longas podem causar trombose e até embolia pulmonar

Estamos no período das férias e das viagens com a família. E quem vai para longe, sempre sofre com os longos períodos na mesma posição, seja no carro ou nas apertadas poltronas de um avião. O grande problema é a imobilidade prolongada, que ocorre em diversos meios de transporte, assim como em viagens aéreas, e pode trazer grande risco para a saúde.
O Cirurgião Vascular e Radiologista Intervencionista Dr. Airton Mota Moreira, da Clínica CRIEP (Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa) explica que quando se fica muito tempo em repouso, a circulação pode se tornar mais lenta e levar o sangue a formar coágulos principalmente nas veias das pernas, conhecida como trombose venosa profunda (TVP) ou como “Síndrome do viajante”.
Na maior parte das vezes, o trombo se forma panturrilha, mas pode também instalar-se nas coxas e até nos membros superiores. O sintoma mais comum é inchaço de panturrilha, acompanhado ou não de dor e calor local.
“Trombos iniciados nas veias das pernas podem se fragmentar e produzir êmbolos, que podem migrar, por meio do fluxo de sangue, para o pulmão e provocar o bloqueio da circulação com infarto (obstrução) dos tecidos. Isto é conhecido como embolia pulmonar e que exige diagnóstico e tratamento rápidos”, ressalta o cirurgião.
Desta forma, após o diagnóstico de uma TVP é fundamental instituir o tratamento adequado para evitar a complicação mais grave e fatal que é a embolia pulmonar.
“Em alguns casos de trombose, procedimentos intervencionistas, como o implante do filtro de veia cava, podem ser necessários. Ele consiste em um dispositivo metálico semelhante a um ‘guarda-chuva’ que é introduzido na circulação por meio da punção da veia femoral (virilha) ou jugular (pescoço), sob anestesia local ou sedação. O objetivo deste material é evitar ou diminuir os riscos de embolia pulmonar, capturando trombos que eventualmente migrem para o pulmão a partir das pernas”, explica Dr. Airton.
O cirurgião completa que quando a embolia pulmonar já está estabelecida, técnicas intervencionistas podem ainda ser utilizadas para salvar a vida, promovendo a limpeza dos vasos do pulmão (trombólise pulmonar), reestabelecendo a circulação local. Neste tratamento, são injetadas drogas para dissolver coágulos por meio de cateteres.
Com relação às viagens de avião prolongadas, o médico destaca as seguintes medidas que podem ajudar a prevenir a trombose das veias das pernas:
· Levantar-se e caminhar no corredor do avião a cada duas horas;
· Exercitar a perna, principalmente panturrilha (batata da perna);
· Dar preferência a cadeiras no corredor, onde é mais fácil se movimentar;
· Evitar tomar medicamentos para dormir, uma vez que podem impedir que você se levante e ande durante a viagem;
· Passageiros que já possuem alguma predisposição à doença, o ideal é realizar o uso de meias elásticas ou utilizar medicamentos anticoagulantes, mas sempre sob orientação médica. ACORDA CIDADE

Câncer de pulmão é identificado em estágio avançado em 86% dos casos

Os casos de câncer de pulmão no Brasil só são identificados em estágio avançado em 86,2% dos pacientes. O número foi divulgado, hoje (1º), pela organização não governamental Instituto Oncoguia, a partir dos Registros Hospitalares de Câncer (RHC) do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Segundo o levantamento, foram registrados 6,9 mil casos de câncer de pulmão em 2016. Porém, a estimativa é de que a maior parte dos novos pacientes com a doença não tenha ainda diagnóstico, o que eleva para 28 mil os casos de câncer de pulmão.
O diagnóstico tardio, com a doença em estágio avançado, diminui a expectativa de vida do paciente. No caso dos tumores identificados no estágio inicial, a chance do paciente morrer nos próximos cinco anos é de 64%. Caso o tumor só seja encontrado no terceiro estágio, a probabilidade de morte em cinco anos sobe para 87%, e no quarto ano, chega a 90%.
O problema do diagnóstico tardio é ainda pior em algumas partes do país. Os casos de câncer de pulmão diagnosticados somente em estágio avançado chegam a 100% em Sergipe e a 95% no Pará, no Ceará e na Bahia. No Brasil, o câncer de pulmão é o tipo de tumor que mais mata, apesar de ser o quarto em maior incidência.
Os números indicam ainda que em 79,1% dos casos de câncer de pulmão há relação com o tabagismo.
Grupo de risco
Para o cirurgião torácico Ricardo Sales dos Santos, uma das maneiras de conseguir fazer um diagnóstico precoce do câncer de pulmão é dar atenção ao grupo de risco de contrair a doença. “O grupo de risco principal são as pessoas acima dos 50, 55 anos e que tenha fumado por pelo menos 30 anos um maço de cigarro por dia. Essa exposição pesada à toxina, aos carcinógenos, levam esse grupo a ter uma chance de ter câncer de pulmão da ordem de 30 vezes mais do que a população geral”, explicou o médico.

Nesses casos, Santos defende que pode-se recomendar a realização de uma tomografia mesmo que a pessoa não apresente sintomas. “Realizar uma tomografia de baixa dose. É o mesmo tomógrafo, só que é possível repetir essa tomografia várias vezes, porque se o paciente tem um achado suspeito, ele precisa ser acompanhado. Não precisa ser exposto à radiação em altas doses”.
“Esse câncer descoberto pela tomografia não sintomático, nos estágios iniciais, a cirurgia é curativa. Enquanto os pacientes que desenvolvem sintomas geralmente têm o câncer na fase avançada”, acrescentou o especialista sobre a importância de encontrar os tumores ainda nos primeiros estágios de desenvolvimento.
A presidente do Oncoguia, Luciana Holtz, lembra da necessidade de combater o hábito de fumar. “Mais e mais campanhas antitabagistas”, enfatizou. Para ela, é fundamental ainda ajudar quem quer largar o tabaco. “Cuidar desse tabagista, realmente oferecer um cuidado maior, multidisciplinar, para ele. A gente sabe que parar de fumar é muito difícil”. AGÊNCIA BRASIL

Em períodos de chuva, é preciso estar atento às doenças infectocontagiosas

Com um clima predominantemente tropical, o inverno na maior parte da Bahia costuma ser acompanhado de um alto índice de precipitação. Embora o período de chuvas já esteja no fim, os cuidados com a saúde não devem diminuir, pois algumas doenças infectocontagiosas podem ser transmitidas pelo contato com a água acumulada de enchentes e alagamentos.
"Existem algumas doenças que podem ser transmitidas por água de chuva, a principal é a leptospirose, através da bactéria Leptospira, encontrada em fezes e urina de animais infectados, como ratos", conta o infectologista do Hapvida, Fernando Hernandez Romero.
Em alguns casos, a água pode ser contaminada através da urina ou fezes de transmissores que vêm de um esgoto que não é tratado, acondicionado de forma correta, ou de acúmulo de lixo em locais inapropriados. É preciso estar atento, pois o período de incubação pode variar de 1 a 30 dias, mas a leptospirose normalmente se manifesta entre 7 e 14 dias após a exposição a situações de risco.
Outra doença comum nessa época é a hepatite A, uma infecção no fígado causada por um vírus. Silenciosa, a contaminação acontece por meio da ingestão de água e alimentos contaminados, com sintomas que costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e envolvem febre, urina escura e icterícia. A Febre Tifóide, embora mais rara, é outra patologia que pode ser adquirida através da ingestão de água da chuva contaminada.
"A principal defesa é evitar a água de enchentes, caso isso não seja possível, é recomendado permanecer o menor tempo possível em contato e evitar que crianças brinquem em ambientes alagados", explica Fernando. Mais um cuidado importante é a higienização de ambientes atingidos por enchentes, que deve ser feita usando luvas e botas de proteção, enquanto os alimentos devem ser jogados fora, inclusive aqueles protegidos por embalagem. ACORDA CIDADE