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sábado, 27 de julho de 2019

HPV, tabagismo e consumo de álcool são os principais fatores de risco para o câncer de cabeça e pescoço, alerta especialista

Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de cabeça e pescoço deve atingir 43 mil brasileiros em 2019. As infecções por HPV, o tabagismo e o consumo de álcool estão entre os principais fatores de risco para o surgimento da doença. No dia 27 de julho, comemora-se o Dia Mundial do Câncer de Cabeça e Pescoço, data que visa conscientizar a população para a importância dos hábitos saudáveis na prevenção desse tipo de tumor. Atualmente, o câncer de cabeça e pescoço, que inclui câncer de boca, laringe e demais sítios dessa região, representa o segundo mais frequente entre os homens brasileiros, o primeiro é o de próstata.


Segundo o oncologista Eduardo Moraes, da equipe médica do NOB (Núcleo de Oncologia da Bahia), é preciso chamar a atenção para a infecção pelo HPV (Papilomavírus Humano), transmitido via sexo oral sem proteção, que tem sido um dos principais responsáveis pelo câncer de garganta.
Além de fatores genéticos, tabagismo, álcool e HPV, os hábitos alimentares, os traumas crônicos causados por próteses dentárias mal adaptadas e a exposição excessiva ao sol sem proteção labial podem desencadear algum câncer de cabeça e pescoço. Os hábitos de consumir bebida alcoólica e fumar associados podem aumentar em até 20 vezes a possibilidade de desenvolver a doença.
 O câncer de cabeça e pescoço atinge, principalmente, a boca (céu da boca, língua e gengiva), a faringe (garganta), a laringe (cordas vocais), os seios da face, a cavidade nasal ou a glândula tireoide. Nas mulheres, o câncer mais frequente nas regiões da cabeça e pescoço é o de tireoide e, nos homens, o câncer de boca, laringe e faringe.
Feridas na boca que não cicatrizam em até três semanas, rouquidão persistente, perda de peso, dificuldade ou dor para mastigar e engolir, alteração da voz, aumento dos gânglios linfáticos ou nódulos no pescoço e mau hálito persistente são sintomas que podem estar associados a algum câncer de cabeça e pescoço. "Ao notar qualquer um desses sintomas, é fundamental que a pessoa vá ao médico o quanto antes. Quando se trata de um tumor, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado aumentam consideravelmente as chances de cura", adverte o oncologista Eduardo Moraes. Mais de 90% dos tumores pequenos e localizados são curáveis.
“Evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, não fumar, usar preservativo nas relações sexuais e cuidar da higiene bucal são hábitos importantes para prevenção da doença”, recomenda o oncologista. ACORDA CIDADE

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