Com a saúde não se brinca, principalmente quando se trata de um dos sentidos mais importantes para o ser humano: a visão. O glaucoma é uma das doenças oftalmológicas de maior incidência em todo o mundo e a maior causa de cegueira irreversível, de acordo com a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG). Para alertar a população sobre os riscos da doença e a importância da prevenção, foi criado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, celebrado na próxima sexta-feira (26).
A doença costuma atingir pessoas a partir dos 40 anos, mas, em regra, a patologia pode ocorrer em qualquer idade, dependendo apenas de uma causa que aumente significativamente a pressão intraocular. De acordo com o Dr. Renato Rodrigues, oftalmologista do Hapvida, o glaucoma é, em grande parte, assintomático. “Em muitos casos, essa doença age silenciosamente e, por conta disso, pode causar danos irreversíveis ao paciente como é o caso da cegueira. Por isso, a importância de fazer exames periódicos para detecção e tratamento em tempo hábil. A indicação é que seja feita uma revisão anual no especialista”, explica o médico, chamando atenção que apenas o oftalmologista é capaz de diagnosticar e tratar esse tipo de doença.
O glaucoma pode ser classificado em quatro tipos. O primeiro a se destacar é o glaucoma de ângulo fechado (agudo) que ocorre quando a saída do humor aquoso - líquido incolor composto por água e sais minerais - é bloqueada por algum motivo, ocasionando rapidamente a pressão intraocular, gerando uma situação emergencial. Diferentemente do glaucoma agudo, o crônico tende a ser hereditário e se desenvolve com o passar dos anos. Já o glaucoma congênito pode se detectar já no nascimento, quando a criança herda a doença da mãe. Nesses casos, o tratamento deve ser imediato. Por último, o glaucoma secundário é decorrente do uso excessivo de medicamentos, de traumas ou por outras doenças oculares.
Dr. Renato esclarece que se pode diagnosticar essa patologia em uma consulta oftalmológica, através de exames feitos por um especialista. “Entre os exames realizados para a detecção do glaucoma estão a fundoscopia, onde é feita uma análise precisa do fundo dos olhos; a tonometria, que se mede a pressão intra-ocular; além de exames complementares como a retinografia, a paquimetria e a tomografia de coerência óptica de papila”, diz.
Após os exames e o diagnóstico da doença, o tratamento depende do tipo e da gravidade da lesão. “Não existe um tratamento específico. Tudo vai depender do grau e da tipicidade da lesão. A partir desse ponto, o profissional vai tratar o paciente da melhor maneira possível, seja com colírios ou até mesmo com métodos mais especializados que são os casos das cirurgias”, finaliza o especialista. ACORDA CIDADE
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