No próximo dia 30 de março, mais de 70 países estarão unidos em prol da
conscientização da endometriose na 6ª edição da Marcha Mundial de
Conscientização da Endometriose – EndoMarcha 2019. Milhares de mulheres
sairão às ruas para conscientizar a sociedade sobre essa doença que
atinge uma em cada 10 mulheres, segundo a organização mundial da saúde.
Além de divulgar os sintomas da doença durante a caminhada, a EndoMarcha
reivindica os direitos da endomulher de ter seu tratamento correto e
gratuito pelo SUS, e também leis efetivas de semanas de conscientização,
como a do estado de Roraima, que foi o primeiro a ter a Lei 1.111/16,
de autoria da então deputada Lenir Rodrigues, que instituiu a Semana
Estadual de Conscientização e Enfretamento à Endometriose, sancionada em
2016.
Desde 2014 se tem um dia do ano, no mês de março, que é denominado Março
Amarelo, para sair às ruas e não apenas reivindicar direito, que já
deveria ser garantido por lei, mas também para conscientizar a sociedade
de que a endometriose existe e que as mulheres atingidas precisam ser
olhadas e cuidadas.
Como ainda há muito mito sobre a doença, somente espalhando os
principais sintomas é que se pode ter o diagnóstico precoce e,
consequentemente, salvar vidas femininas das dores, claro, para aquelas
que as sentem.
Um dos mitos é quando falam que a doença atinge apenas mulheres em idade
reprodutiva. Se for consenso mundial que a idade reprodutiva inicia já
na menarca, independente da idade da menina/mulher. Mas como ainda falam
que a idade reprodutiva é dos 13, 15 aos 45 anos, ficaria fora desta
estatística as meninas jovens. E é justamente essa camada da população –
adolescentes – que precisam ser alertadas sobre os principais sintomas,
pois cólica menstrual progressiva, que atinge grande número de
adolescentes, é um dos sintomas da endometriose.
Na 6ª edição da Marcha Mundial pela Conscientização da Endometriose,
mulheres portadoras ou não da doença, se unem para pedir o
reconhecimento da endometriose como doença social e de saúde pública e a
garantia de direitos:
Tratamento gratuito, correto e digno pelo SUS em pelo menos todas as capitais do Brasil e grandes centros;
Diagnóstico precoce, já que em média se leva de 7 a 12 anos para fechar o diagnóstico de endometriose;
Garantia dos mesmos direitos dos portadores de doenças tão graves
quanto à endometriose, que viabiliza a isenção de impostos a carros
adaptados, por exemplo, os de câmbio automático. Você sabia que muitas
portadoras vivem à base de morfina e seus derivados em razão das fortes
dores, inclusive nas pernas, limitando seus movimentos?
Que o INSS tenha a endometriose como doença incapacitante enquanto a
portadora estiver impossibilitada de exercer suas atividades;
Mais profissionais capacitados para realizar o diagnóstico precoce,
realizar a correta cirurgia de remoção total a doença, recursos
diagnósticos e centros de referência em todas as capitais brasileiras;
Melhor formação dos profissionais nas universidades.
O Brasil é o país com mais cidades que terão a EndoMarcha: 20, sendo São
Paulo, Sorocaba, Leme, Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo
Horizonte, Uberlândia (MG), Goiânia (GO), Brasília (DF), Campo Grande
(MS), Curitiba, Londrina, Maringá (PR), Florianópolis (SC), Salvador,
Feira de Santana (BA), Fortaleza (CE), São Luís (MA), Boa Vista (RR) e
Belém (PA).
Para participar as pessoas podem se inscrever pelo site www.aendometrioseeeu.com.br pois serão distribuídas camisas para quem vai participar da EndoMarcha. ACORDA CIDADE
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