Dia 26 de abril, é lembrado como o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, uma das principais causas de morte no país e que atinge mais de 30 milhões de brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde. Destes, apenas 10% fazem o controle adequado deste mal. A hipertensão ocorre quando a pressão do sangue, causada pela força de contração do coração nas paredes das artérias para impulsionar o sangue para todo o corpo, se eleva. Essa elevação crônica de pressão sobre o sistema circulatório, com o passar dos anos, pode gerar uma sobrecarga para o coração que tenta se adaptar inicialmente, porém, com o tempo, se torna dilatado e mais fraco. De acordo com o cardiologista e diretor médico do Hospital Santa Paula, Otávio Gebara, “a tensão aumentada sobre os vasos sanguíneos também é bastante prejudicial por acarretar lesões a diversos órgãos, em especial aos chamados “órgãos-alvo” (coração, cérebro, vasos e rins), podendo ocasionar insuficiência renal, insuficiência cardíaca, doença arterial periférica, infarto do miocárdio e, até mesmo, acidente vascular cerebral (derrame)”, explica.
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Hipertensão pode causar infarto e AVC; apenas 10% das pessoas se tratam adequadamente.
Sintomas/ Apesar das elevações de pressão na grande maioria das pessoas ocorrerem de forma completamente silenciosa há alguns sintomas a serem observados, como: dor de cabeça; falta de ar; visão borrada; zumbido no ouvido; tontura; dores no peito.
Fatores de Risco/ Mesmo existindo pontualmente causas específicas de hipertensão, na maior parte das vezes, uma causa não é identificada. Nesses casos, geralmente, temos um somatório de fatores associados, como: histórico familiar (filhos de pais hipertensos têm um risco 30% maior de ter pressão alta); idade (a partir dos 60 anos de idade, as artérias perdem a flexibilidade); etnia (a doença incide mais nas populações negra e asiática); obesidade; poluição; estresse; sono irregular; menopausa (a queda dos hormônios femininos danifica as artérias); excesso de bebida alcoólica; tabagismo; alto consumo de sal; sedentarismo; diabetes; doenças renais; apneia do sono; hipertireoidismo; uso de medicamentos específicos (exemplo: anti-inflamatórios, alguns inibidores de apetite e etc.).
Diagnóstico/A única forma de fazer o diagnóstico de hipertensão é examinando a pressão arterial. A avaliação deve, preferencialmente, ser feita com um médico de confiança, pois inúmeros fatores podem influenciar no resultado, como por exemplo dor, ansiedade, eventualmente, um aparelho com calibração inadequada, entre outros.
Prevenção/Um estilo de vida saudável é fundamental. As pessoas devem se exercitar e se alimentar adequadamente. O consumo de sódio, por exemplo, deve ser moderado. Não fumar, não extrapolar na ingestão de bebidas alcoólicas e ter qualidade de sono são iniciativas bem-vindas.
Tratamento/Segundo Gebara, apesar de termos, hoje, inúmeros medicamentos eficazes e seguros para a hipertensão, o tratamento começa com as mudanças de hábito, tanto na atividade física quanto na alimentação. “Em relação às medicações, não existe, hoje, um remédio melhor e, sim, o mais adequado a cada paciente individualmente. Há classes de medicamentos mais direcionadas para determinados grupos de pacientes hipertensos, como diabéticos, portadores de doença renal, de alterações de colesterol, de ácido úrico elevado, com antecedentes de infarto do miocárdio, além de medicamentos de potências muito distintas para elevações maiores ou menores da pressão arterial e diversas associações de remédios” De acordo com o especialista, a pessoa mais adequada para fazer o ajuste é um médico de confiança, que conhece as particularidades do quadro clínico do paciente. ACORDA CIDADE
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