Um estudo publicado pela Flurry, empresa de análise de dados do Yahoo!, revela que existem mais de 280 milhões de pessoas viciadas em smartphones no mundo. O estudo considera usuários viciados aqueles que checam aplicativos mais de 60 vezes por dia. As categorias mais utilizadas por esse público são mensagens instantâneas e redes sociais. Outro estudo feito pelo Bank of America mostrou que 71% das pessoas dormem com seus celulares ao lado.
O uso constante da tecnologia não é, por si só, um problema. O transtorno acontece quando a utilização excessiva começa a atrapalhar atividades do dia a dia e a vida social das pessoas.
O afastamento de amigos e familiares e o isolamento progressivo são sintomas que devem ser observados. De acordo com a psicóloga Dora Sampaio Góes, do Programa de Dependências Tecnológicas do Hospital da Clínicas de São Paulo, há diferença entre usar bastante e ser dependente da internet.
A especialista explica que há oito critérios para identificar que há algo errado. É necessário apresentar um conjunto deles (pelo menos 5) para que seja caracterizada a dependência:
1. Pensar o tempo inteiro em estar conectado;2. Sentir necessidade de aumentar o tempo de uso para obter o mesmo prazer;3. Tentar parar de usar a internet e não conseguir;4. Sentir irritação e ansiedade durante o tempo que não pode entrar na internet;5. Mudar o humor quando entra em contato com a tecnologia;6. Perder a noção do tempo que fica conectado e não conseguir sair;7. Ter o trabalho e as relações familiares e sociais em risco pelo uso excessivo;8. Mentir para as pessoas sobre o tempo que fica conectado.
Para a psicóloga, a internet funciona como um antidepressivo para os dependentes:
A pessoa fica mais calma, sente mais alívio e um prazer muito grande quando está em contato com a tecnologia.
Muitas pessoas podem ter essas sensações e não se enquadrarem no perfil de dependência. É preciso ficar atento quando há perda de controle, como abrir mão de atividades do dia a dia, colocar em risco o trabalho, os estudos e as relações interpessoais. POSTBRASIL
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