Doar sangue, além de um ato de solidariedade que afaga o nosso coração
enquanto ser humano, salva vidas. E para lembrar da importância da
doação, neste domingo (25), é celebrado o Dia Mundial do Doador de
Sangue, que além de homenagear as pessoas que reservam um tempinho do
seu dia para doar, também serve para informar e conscientizar a
população sobre a sua necessidade.
Dados recentes do Ministério da Saúde mostram que, atualmente, 1,6% da
população brasileira doa sangue, o que significa um índice de 16
doadores para cada grupo de mil habitantes. Jovens com idade entre 18 e
29 anos, segundo a pesquisa, são maioria, respondem por 42% do total de
doações registradas no país. O percentual de doadores (1,6%) está dentro
dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) – de pelo menos 1%
da população, segundo o ministério. Porém, o governo quer aumentar o
número de doadores.
Segundo Jorge Godoy Bezerra, especialista em hematologia do Hapvida
Saúde, é importante que as pessoas tenham o hábito de doar, pois o
sangue é vital para vários procedimentos cirúrgicos. Além disso, a
doação é um processo rápido e extremamente seguro, tanto que qualquer
pessoa entre 16 e 69 anos, em perfeitas condições de saúde, pode doar.
"É preciso alguns cuidados após a doação, como esperar, aproximadamente,
15 minutos sentado no local após o procedimento, se alimentar e se
hidratar em seguida, evitar esforço físico por 12 horas e beber bastante
líquido durante todo o dia. Doar sangue até pode doer um pouquinho por
causa da agulha, mas salva vidas", afirma.
Depois de se tornar doadora, a estudante de Direito Andressa Ventilari,
24, não deixa de incentivar as pessoas ao seu redor, como familiares e
amigos. Ela acredita que está fazendo o bem e, principalmente, a
diferença por saber que está ajudando a salvar vidas. "A doação pode
salvar vidas, pode ser de um amigo, um parente ou até mesmo a sua. É uma
oportunidade de exercer o bem às pessoas que têm a vida dependendo
deste ato simples", diz a estudante.
Qualquer pessoa saudável pode doar, sendo as mulheres a cada 90 dias e
os homens a cada 60 dias. O especialista explica que existem alguns
impedimentos temporários para doação, como resfriado (esperar até 7 dias
depois do desaparecimento dos sintomas); gravidez, 90 dias após o parto
normal e 180 dias após cesariana; amamentação (se o parto ocorreu há
menos de 12 meses); ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que
antecedem a doação e tatuagem/ maquiagem definitiva nos últimos 12
meses.
Especialistas explicam que até quatro vidas podem ser salvas por um
doador de sangue, atitude que faz a diferença para as pessoas que vão
receber o sangue e para toda a família e amigos. E, apesar de simples e
rápido, a doação de sangue ainda não é um hábito comum entre os
brasileiros. ACORDA CIDADE
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