Um grupo de manifestantes se reuniu em frente a sede da
TV Globo, em São Paulo, na noite da última terça-feira (16), para protestar
contra a estreia do programa "Sexo e as Negas". Além de gritos de
guerra, também chamou atenção uma pichação da fachada do local com a palavra
"racista".
A movimentação foi gravada e um vídeo editado está
circulando na internet. A iniciativa é do Levante Popular da Juventude e uma
das representantes, Beatriz Lourenço, aparece nas imagens explicando as
reivindicações do grupo.
"O movimento negro se representa sozinho. Não
precisa um homem branco, rico, fazer um seriado sobre mulheres negras e pobres.
Isso não faz o menor sentido", citou, em referência ao autor Miguel
Falabella, também identificado como "Nazifascista da nova era".
A jovem, que é estudante de direito, revelou que não
assistiu ao episódio de estreia da série e que viu apenas trechos na internet.
"A gente já previa que ia ter essa visão
estereotipada do povo negro e pobre, mas me assustei muito mais. A Globo se
aproveita de um estereótipo estabelecido e o reforça", disse ao jornal
"Folha de S. Paulo".
Sobre a polêmica, a emissora disse que "a estreia do
programa 'Sexo e as Negas' foi um sucesso de crítica e de audiência, e mostrou
que boa parte da discussão prévia sobre seu conteúdo foi um equívoco de
interpretação daqueles que se manifestam contra a sua realização".
E acrescentou: "Cabe ressaltar aqui que o nosso
documento de Princípios e Valores prevê o respeito à diversidade e a repulsa ao
preconceito, o que é praticado em toda a nossa programação". FAMOSIDADES
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