Analfabyte." É assim que, aos 69 anos, o ator Antonio Fagundes se define
quando o assunto são as novas tecnologias - referindo-se à unidade
básica de informação em um computador. Aparelho eletrônico que, aliás,
ele diz nem possuir. Tempos atrás, quando respondia às perguntas da
reportagem, o recurso utilizado por ele era o fax, com o auxílio de uma
secretária.
"Gosto mesmo é de ler jornal. A internet tira da gente toda e qualquer
possibilidade de correr de uma notícia para a outra. E eu gosto desse
processo. Na internet, o leitor vai direto no que ele quer, não se
depara com algo que não espera. [...] Acho que hoje há uma desatenção
maior do público por causa da internet. Reunir 700 pessoas em uma sala
escura sem pensar em outra coisa é louvável. E isso é teatro", avaliou
ele, em conversa no auditório da Folha de S.Paulo sobre sua nova
biografia, "Antonio Fagundes no Palco da História: Um Ator", de
Rosangela Patriota.
Citou o conservadorismo da sociedade, falou que fez pornochanchada por opção própria em ainda frisou que de pornô o cinema daquela época (anos 1970, como contraponto à rigidez da ditadura) não tinha nada. "Podia passar na 'Sessão da Tarde'", brincou. "Na verdade, havia um preconceito com qualquer cinema que não fosse feito pela esquerda." E afirmou que só leu o livro quando a autora mandou para a impressão. Ainda que houvesse críticas. Falou também justamente sobre a dificuldade de incutir no brasileiro tanto o hábito da leitura quando o de ir ao teatro. "Quando fazia o Pedro, do [seriado] 'Carga Pesada', eu mal conseguia andar na rua de tanta gente que me abordava. Mas, quando montava uma peça, não ia dez pessoas", fala.
E completa: "O brasileiro a cada 15 anos se esquece do que aprendeu nos últimos 15 anos. Não dá para formar um público no Brasil que não tem ideia do que a gente faz." Às vésperas das eleições, se diz "sem expectativas" em relação ao futuro. "Somos quase 210 milhões de pessoas, onde o público leitor lê uma média de um livro por ano. Onde as pessoas vão pegar informação dessa forma? Tá difícil."BAHIA NOTÍCIAS
Citou o conservadorismo da sociedade, falou que fez pornochanchada por opção própria em ainda frisou que de pornô o cinema daquela época (anos 1970, como contraponto à rigidez da ditadura) não tinha nada. "Podia passar na 'Sessão da Tarde'", brincou. "Na verdade, havia um preconceito com qualquer cinema que não fosse feito pela esquerda." E afirmou que só leu o livro quando a autora mandou para a impressão. Ainda que houvesse críticas. Falou também justamente sobre a dificuldade de incutir no brasileiro tanto o hábito da leitura quando o de ir ao teatro. "Quando fazia o Pedro, do [seriado] 'Carga Pesada', eu mal conseguia andar na rua de tanta gente que me abordava. Mas, quando montava uma peça, não ia dez pessoas", fala.
E completa: "O brasileiro a cada 15 anos se esquece do que aprendeu nos últimos 15 anos. Não dá para formar um público no Brasil que não tem ideia do que a gente faz." Às vésperas das eleições, se diz "sem expectativas" em relação ao futuro. "Somos quase 210 milhões de pessoas, onde o público leitor lê uma média de um livro por ano. Onde as pessoas vão pegar informação dessa forma? Tá difícil."BAHIA NOTÍCIAS
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