De acordo com a Organização Mundial de Saúde, morrem mais de 10 mil
pessoas por causa do tabagismo diariamente no mundo. Estima-se que esse
número aumente até 2020, chegando a 8 milhões de mortes anuais causadas
pelo fumo. No Brasil, os números também assustam: mais de 200 mil
pessoas de idades entre 35 e 60 anos morrem todo ano devido às
enfermidades provocadas pelo hábito de fumar. Para mudar essa realidade,
foi criado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, que é marcado no
calendário no dia 29 de agosto.
Para a coordenadora dos cursos de saúde da Unifacs, a professora Anelize
Gimenez, o tabagismo é um dos maiores problemas de saúde pública,
responsável por causar dependência física e psicológica. “O cigarro
afeta órgãos e sistemas nas diversas complexidades e que quando somadas,
totalizam o principal causador de óbito no mundo, além de ter o maior
custo aos cofres públicos”, explica a mestre em neurociência.
E a lista de enfermidades causadas pelo fumo é grande: doenças
respiratórias como enfisema pulmonar e bronquite, câncer, infarto,
úlcera do aparelho digestivo (língua, boca, esôfago, estômago), trombose
vascular, entre outras. “São doenças de alta reincidência, além do
longo tempo de permanência em internação que demandam intervenções de
maior complexidade, expondo muitas vezes a novos quadros infecciosos”,
alerta a especialista.
Substâncias tóxicas
Dentro do cigarro, existe uma série de substâncias nocivas. O alcatrão,
por exemplo, é um resíduo altamente tóxico, cancerígeno e de cor negra –
por isso o pulmão de quem fuma fica escuro. O acetato de chumbo
apresenta efeito cumulativo no organismo, já que a substância jamais é
eliminada e, a longo prazo, pode causar danos ao cérebro. Já a amônia
causa inflamação em todo o trato respiratório, enquanto o monóxido de
carbono da fumaça se acumula no sangue e diminui a concentração de
oxigênio em mais de 90% dos órgãos do corpo.
“Todos os efeitos são causados nos dez primeiros segundos do contato do
cigarro com o organismo. E apenas um já é suficiente para causar danos,
com 4 mil substâncias tóxicas invadindo seus órgãos. Mesmo após terminar
o cigarro, o corpo continua pelas 6 ou 8 horas seguintes tentando se
livrar das toxinas”, relata a professora. ACORDA CIDADE
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