Para combater as altas temperaturas
neste verão, nada melhor do que um ambiente refrescado por ar-condicionado.
Contudo, a Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional (Abralimp)
alerta que a falta de manutenção e limpeza periódica dos equipamentos é
sinônimo de risco à saúde.
Segundo dados da Abrava (Associação
Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento),
entidade parceira da Abralimp, uma pessoa respira cerca de 10 mil litros de ar
por dia e passa 85% dele dentro de ambientes fechados, estes normalmente
climatizados, como hospitais, escritórios, bancos, carros, residências, entre
outros. Por essa razão, os especialistas da Abralimp ressaltam que a limpeza
dos aparelhos é de extrema importância, tanto do filtro, como também da parte
externa, uma vez que as sujeiras, poeira e detritos acumulados dentro do
equipamento podem ser aspiradas para dentro do sistema e, consequentemente,
levadas junto com o ar para o ambiente fechado, entrando nas vias
respiratórias.
Entre as legislações que regem o
tema está a do Ministério da Saúde com a Portaria 3.523/98, que determinou um
conjunto de regras voltado para garantir a qualidade do ar em ambientes
climatizados. A orientação é para que empresas e condomínios contratem técnicos
ou um estabelecimento especializado para realizar a limpeza dos aparelhos
periodicamente.
A limpeza deve ser feita sem
improvisos. Por isso, recomenda-se que o trabalho seja realizado por mão de
obra especializada, que ajuda a garantir a higienização correta, pois além do
acúmulo natural de poeira na máquina, durante o processo de refrigeração,
ocorre também a condensação da água, que pode ficar acumulada no interior da
máquina, favorecendo assim o surgimento de fungos, bactérias e até a
proliferação do mosquito da dengue.
Em outubro de 2000, a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também publicou a Resolução 176/00,
exigindo testes periódicos nos aparelhos de ar em locais público e coletivo.
Caso a fiscalização feita pelos técnicos da vigilância sanitária constatar que
os limites de tolerância da poluição em ambientes refrigerados foram
ultrapassados, os responsáveis podem ser penalizados com multas que variam de
R$ 2 mil a R$ 200 mil.
Os especialistas ainda ressaltam
que as empresas ou estabelecimentos que seguirem essas normas certamente
estarão garantindo que a saúde das pessoas não seja comprometida, além de
aumentar a vida útil dos aparelhos e reduzir o consumo de energia. Acorda
Cidade
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