Cerca de 10% dos homens com 50 anos, 30% com 70 anos e 100% dos que
chegarem aos 100 anos de idade terão câncer de próstata. Glândula
responsável por nutrir os espermatozoides, a próstata passa a ser o
centro das atenções após os 45 anos de idade, fase em que os cuidados
com o órgão precisam ser redobrados.
No entanto, esse é um assunto que ainda configura certo tabu entre o
público masculino. O exame de toque, que dura apenas alguns segundos e
pode ser o grande divisor de águas entre um diagnóstico precoce com
altas chances de cura e a detecção de um tumor já em fase avançada,
apesar de ser cercado de mitos e preconceitos, felizmente tem sido
procurado cada vez mais. Além do toque, outros recursos também são
utilizados, como os exames de sangue e de imagem.
As chances de cura são de 80% a 90%; para tumores detectados
precocemente. Quando o câncer é detectado em estágio avançado, essas
chances diminuem para 10% a 20%.
Robótica a favor da cura
Nos casos em que o tumor já está instalado e nos quais a cirurgia já
possui indicação, a prostatectomia robótica é uma das grandes aliadas na
remoção do câncer. Dados mais recentes, presentes em dois estudos a
respeito do assunto publicados em 2010 pelo Dr. Michael Zelefsky, do
Memorial Sloan Cancer Center de Nova York e pelo Dr. Matthew Cooperberg,
da Universidade da Califórnia, demonstraram que o risco de morte por
câncer foi de 2,2 a 3 vezes menor em pacientes tratados com cirurgia.
A prostatectomia robótica, que utiliza a precisão e a característica
minimamente invasiva dos procedimentos executados com o auxílio do robô,
é uma das grandes ferramentas disponíveis hoje para a remoção dos
tumores. Por meio da prostatectomia - executada no Hospital Moriah com o
robô Da Vinci Xi, o mais moderno da América Latina e único exemplar do
Brasil - o paciente enfrenta menor desconforto pós-operatório e conta
com uma recuperação mais rápida.
A utilização da técnica robótica proporciona ao cirurgião melhor visão
dos órgãos abdominais e movimentação mais suave dos instrumentos
cirúrgicos, o que possibilita uma retirada mais segura do tumor com um
risco bastante reduzido de lesão dos nervos e músculos adjacentes à
glândula.
A prevenção ainda é a melhor opção em direção à cura. A recomendação é
clara: homens com mais de 40 anos e que tenham casos de câncer
prostático na família e com mais de 45 anos que não possuam histórico
familiar devem procurar o urologista para consulta de rotina. ACORDA CIDADE
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