Muitos
são os mitos a respeito da sexualidade feminina, incluindo um tema muito pouco
abordado: o vaginismo, que segundo estimativas pode atingir cerca de 5% das
mulheres. Mas, para especialistas, como a fisioterapeuta espanhola Pilar Pons,
esse número pode ser bem maior, já que a maioria das mulheres sofre calada por
anos a fio.
Para quebrar os mitos e romper o silêncio sobre o tema, Pilar está no Brasil divulgando o seu livro “O Silêncio Pélvico”, que traz os seus 25 anos de experiência na fisioterapia pélvica voltada para o tratamento de mulheres com vaginismo.
Para quebrar os mitos e romper o silêncio sobre o tema, Pilar está no Brasil divulgando o seu livro “O Silêncio Pélvico”, que traz os seus 25 anos de experiência na fisioterapia pélvica voltada para o tratamento de mulheres com vaginismo.
No
próximo dia 9 de novembro, Pilar estará, juntamente com as fundadoras do
Instituto do Casal, Denise Miranda de Figueiredo e Marina Simas de Lima, em um
fórum gratuito para discutir o assunto.
O que é?
O que é?
O
vaginismo é a contração involuntária e permanente das paredes vaginais que
impede ou dificulta qualquer tipo de penetração. “Essas mulheres não conseguem
nem mesmo introduzir o próprio dedo em suas vaginas, nem se submeter a exames
ginecológicos e, claro, não conseguem ter uma relação sexual com penetração”,
explica Pilar.
O vaginismo atinge mulheres de todas as idades, desde adolescentes até mulheres que já passaram dos 50. Pode aparecer no pós-parto, na menopausa ou depois de cirurgias. A boa notícia é que, segundo Pilar, o vaginismo pode tratado por meio da fisioterapia pélvica.
Alguns médicos encaminham as mulheres para sexólogos ou psicólogos, já que o vaginismo é quase sempre atribuído a traumas emocionais, como estupros, abusos, educação repressora aversão ao sexo ou relação conflituosa com os pais. Porém, Pilar é categórica em afirmar que na grande maioria dos casos que ela atendeu, a fisioterapeuta pélvica foi crucial para a solução do problema.
Pilar foi pioneira no tratamento do vaginismo na Espanha “Recebo centenas de mulheres que estão há anos fazendo terapia para encontrar motivos para o seu vaginismo. O componente psicológico pode estar presente, é claro, mas é apenas uma parte. O vaginismo é uma contração muscular, assim sua solução não está só na mente, como também na própria vagina”, diz.
Vergonha e culpa
O vaginismo atinge mulheres de todas as idades, desde adolescentes até mulheres que já passaram dos 50. Pode aparecer no pós-parto, na menopausa ou depois de cirurgias. A boa notícia é que, segundo Pilar, o vaginismo pode tratado por meio da fisioterapia pélvica.
Alguns médicos encaminham as mulheres para sexólogos ou psicólogos, já que o vaginismo é quase sempre atribuído a traumas emocionais, como estupros, abusos, educação repressora aversão ao sexo ou relação conflituosa com os pais. Porém, Pilar é categórica em afirmar que na grande maioria dos casos que ela atendeu, a fisioterapeuta pélvica foi crucial para a solução do problema.
Pilar foi pioneira no tratamento do vaginismo na Espanha “Recebo centenas de mulheres que estão há anos fazendo terapia para encontrar motivos para o seu vaginismo. O componente psicológico pode estar presente, é claro, mas é apenas uma parte. O vaginismo é uma contração muscular, assim sua solução não está só na mente, como também na própria vagina”, diz.
Vergonha e culpa
Para
Pilar, as principais questões emocionais envolvidas no vaginismo são a vergonha
e a culpa. “As mulheres, principalmente as heterossexuais, sentem vergonha e
culpa por não conseguirem ter relações sexuais com penetração. Isso afeta a
satisfação conjugal, impede a gravidez e impacta na qualidade de vida em
geral”.
Como é feito o tratamento
Como é feito o tratamento
Segundo
Pilar, o processo de reabilitação, em geral, é rápido. “O tratamento, feito
geralmente em 10 sessões, consiste na abertura da entrada da vagina com
massagens manuais, depois com dilatadores e exercícios que a mulher deve fazer
em casa. O acompanhamento emocional é importante, pois algumas mulheres chegam
com crenças, medos e frustrações de tratamentos anteriores. Algumas têm
dificuldade até de abrir as pernas para que eu as examine”.
O tratamento do vaginismo, porém, está longe de ser a solução de todos os problemas. “Pode causar revolta naquelas que percebem que a solução era simples e, com isso, perderam oportunidades como ser mãe ou ainda viver a sexualidade de uma maneira mais plena. Para outras, pode ser a abertura para um novo mundo de possibilidades, de se explorar, se masturbar e de vivenciar a sexualidade de forma mais saudável e satisfatória, portanto, pode ser um processo importante de empoderamento”, comenta Pilar.
Vagina saudável
O tratamento do vaginismo, porém, está longe de ser a solução de todos os problemas. “Pode causar revolta naquelas que percebem que a solução era simples e, com isso, perderam oportunidades como ser mãe ou ainda viver a sexualidade de uma maneira mais plena. Para outras, pode ser a abertura para um novo mundo de possibilidades, de se explorar, se masturbar e de vivenciar a sexualidade de forma mais saudável e satisfatória, portanto, pode ser um processo importante de empoderamento”, comenta Pilar.
Vagina saudável
Pilar
recomenda ainda, que todas as mulheres, principalmente as que não têm uma vida
sexual ativa, devem cuidar da saúde da vagina. “É preciso manter a vagina
ocupada, usá-la, mesmo que seja com um massageador interno para manter a vagina
aberta e se sentir mais confortável durante exames preventivos ou nos futuros
relacionamentos afetivos, por exemplo. ACORDA CIDADE
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