O corpo dá sinais de quando algo não está bem. É importante dar atenção a
estes sintomas. A mesma regra vale para as unhas. Elas são estruturas
compostas por queratina e têm a função de proteger a ponta dos dedos de
diversos tipos de traumas. Só por isso já seria um bom motivo não
deixá-las de fora da rotina diária de cuidados. O aspecto e a saúde das
unhas também ajudam a identificar uma série de doenças como: problemas
no fígado, rins, diabetes, insuficiência cardíaca e até meningite e
anemia.
Saiba como identificar as manchas nas unhas:
Manchas brancas: são geralmente causadas por trauma na
chamada lâmina ungueal, nome dado a produção cutânea formada de
queratina compactada (a oniquina), que é composta de proteína, enxofre,
cistina, arginina, água, cálcio e ferro. Esses machucados podem
acontecer na manicure, por exemplo. Quando as unhas ficam totalmente
brancas e descolam na extremidade, apresentando o esbranquiçado também
por baixo, é possível que seja um quadro de fungos nas unhas, conhecido
como onicomicose.
Manchas marrom-enegrecidas: segundo a Sociedade
Brasileira de Dermatologia (SBD) esse tipo de mancha pode indicar tanto
condições benignas (como uma micose com coinfecção bacteriana), quanto
um problema mais grave: o melanoma (tipo de câncer) do aparelho ungueal.
É um sistema do organismo do qual fazem parte a lâmina ungueal e também
o leito ungueal (a parte abaixo das unhas das mãos e dos pés).
“A doença é agressiva e pode facilmente se disseminar para outros
órgãos. O problema pode surgir inicialmente na forma de faixas
longitudinais escuras. O melanoma é motivo de suspeita quando essas
faixas apresentam diferentes tonalidades e espessuras – e, ainda, se
possuem pigmento escuro na cutícula”, enfatiza a doutora Luciana Maluf,
dermatologista e consultora de beleza da Condor.
Unhas brancas e avermelhadas: o branco perto da
cutícula e o vermelho em direção à ponta da unha podem significar
doenças nos rins. O problema também pode surgir após sessões de
quimioterapia.
Marcas brancas junto às cutículas: a presença dessa
característica nas dez unhas das mãos, com exceção da ponta, pode
indicar diabetes, insuficiência cardíaca e cirrose hepática.
Tom amarelado e textura espessa: unhas amareladas, com
aumento da curvatura, espessamento e crescimento lento podem
caracterizar doenças no pulmão e no intestino.
Depressões e furos: nesses casos, as possibilidades
incluem diferentes doenças de pele, como a psoríase. A Sociedade
Brasileira de Dermatologia (SBD) define essa enfermidade como “comum,
crônica e não contagiosa”. Os sintomas desaparecem e reaparecem
periodicamente. A causa é desconhecida, mas se sabe que pode estar
relacionada ao sistema imunológico, às interações com o meio ambiente e à
suscetibilidade genética.
Unhas fracas e quebradiças: ao lado da palidez, do
cansaço e da queda de cabelo, essa característica das unhas pode indicar
deficiência de ferro no organismo, a chamada anemia. O afinamento e o
enfraquecimento das unhas também podem apontar alterações na tireoide
(hipertireoidismo).
Unhas frágeis, que se descolam ou escamam: por haver pontos
hemorrágicos, a região também fica dolorida e pode ser indício de algum
distúrbio digestivo.
Pequenas manchas roxas: é um alerta para o perigo de
doenças infecciosas graves, como a meningite e a septicemia. Elas
acontecem quando uma infecção bacteriana em outra parte do corpo, como
pulmões ou pele, consegue se espalhar pela circulação sanguínea.
“Reuni algumas características perceptíveis nas unhas que podem indicar a
presença de possíveis complicações de saúde. Mas lembre-se de que o
mais prudente é sempre consultar seu médico. Ao verificar algumas das
situações citadas aqui ou qualquer condição que altere o aspecto natural
das unhas, é imprescindível a consulta a um dermatologista para um
diagnóstico preciso e para as devidas indicações e encaminhamentos”,
ressalta a doutora Luciana Maluf. ACORDA CIDADE
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