Rodolfo Carlos e Cláudio Chirinian, o ET, no SBT,
em 1998; humorista reivindica direitos trabalhistas
Longe da TV desde 2010, Rodolfo Carlos,
ex-repórter e humorista do programa Domingo Legal, leva uma vida
completamente diferente de quando fazia dupla com ET, sucesso no
final da década de 1990. Atualmente, presta consultoria a empresas e sobrevive
com um salário inferior a R$ 3.000 mensais, menos de 10% do que ganhava no auge
da carreira no SBT, quando "tentava" acordar Silvio Santos.
“Não chego a ganhar nem R$ 3.000 por
mês. Nem carro eu tenho. O povo acha que saí feliz da vida, está tudo
legal. Não posso dizer que tenho satisfação de ter feito Rodolfo & ET
com o Gugu. Saí do SBT magoado porque não recebi. Por isso, resolvi
falar”, desabafa.
Sem carteira assinada, Rodolfo Carlos decidiu
quebrar um silêncio de quatro anos. Conta que está processando o SBT,
cobrando encargos trabalhistas dos 12 anos de serviços prestados à emissora.
Teve seu vínculo empregatício reconhecido na Justiça e ganhou a causa duas
vezes, mas o SBT recorreu da decisão judicial. O processo tramita agora no TST
(Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília.
Após deixar o SBT, em 2009, por não concordar
com a redução de seu salário (de R$ 20 mil, chegando a R$ 34 mil quando
quase trocou o SBT pela Globo, para R$ 5.000), Rodolfo Carlos se
afastou da televisão. Chegou a participar do programa de Sonia Abrão, na Rede
TV!, onde ficou apenas três meses. Em sua estreia, uma triste coincidência:
cobriu o enterro do amigo Cláudio Chirinian, o ET, que teve uma parada
cardíaca e morreu em fevereiro de 2010, aos 46 anos. Foi justamente a perda do
ex-colega que o fez processar o SBT.
“Eu não ia processar o SBT, mas o Silvio
Santos resolveu homenagear o ET após a morte dele com o único vídeo que a
gente odiava. Fizeram uma pegadinha no dia em que estávamos gravando na porta
da casa cenográfica do Silvio Santos. Ele mandou uma viatura da Polícia Militar
de verdade, o policial ‘matou’ o diretor Goiabinha [Walter Wanderley], enforcou
meu pescoço. Assinei o direito de imagem porque eu trabalhava lá, mas a
brincadeira nos traumatizou. No dia seguinte, dei entrada no processo”, afirma
Rodolfo Carlos.
O SBT informou que não se pronuncia em
relação a assuntos jurídicos. UOL
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