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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Fora da TV, Rodolfo Carlos, da dupla com ET, vive com R$ 3.000

Rodolfo Carlos e Cláudio Chirinian, o ET, no SBT, em 1998; humorista reivindica direitos trabalhistas

Longe da TV desde 2010, Rodolfo Carlos, ex-repórter e humorista do programa Domingo Legal, leva uma vida completamente diferente de quando fazia dupla com ET, sucesso no final da década de 1990. Atualmente, presta consultoria a empresas e sobrevive com um salário inferior a R$ 3.000 mensais, menos de 10% do que ganhava no auge da carreira no SBT, quando "tentava" acordar Silvio Santos.

“Não chego a ganhar nem R$ 3.000 por mês. Nem carro eu tenho. O povo acha que saí feliz da vida, está tudo legal. Não posso dizer que tenho satisfação de ter feito Rodolfo & ET com o Gugu. Saí do SBT magoado porque não recebi. Por isso, resolvi falar”, desabafa.

Sem carteira assinada, Rodolfo Carlos decidiu quebrar um silêncio de quatro anos. Conta que está processando o SBT, cobrando encargos trabalhistas dos 12 anos de serviços prestados à emissora. Teve seu vínculo empregatício reconhecido na Justiça e ganhou a causa duas vezes, mas o SBT recorreu da decisão judicial. O processo tramita agora no TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília.

Após deixar o SBT, em 2009, por não concordar com a redução de seu salário (de R$ 20 mil, chegando a R$ 34 mil quando quase trocou o SBT pela Globo, para R$ 5.000), Rodolfo Carlos se afastou da televisão. Chegou a participar do programa de Sonia Abrão, na Rede TV!, onde ficou apenas três meses. Em sua estreia, uma triste coincidência: cobriu o enterro do amigo Cláudio Chirinian, o ET, que teve uma parada cardíaca e morreu em fevereiro de 2010, aos 46 anos. Foi justamente a perda do ex-colega que o fez processar o SBT.

“Eu não ia processar o SBT, mas o Silvio Santos resolveu homenagear o ET após a morte dele com o único vídeo que a gente odiava. Fizeram uma pegadinha no dia em que estávamos gravando na porta da casa cenográfica do Silvio Santos. Ele mandou uma viatura da Polícia Militar de verdade, o policial ‘matou’ o diretor Goiabinha [Walter Wanderley], enforcou meu pescoço. Assinei o direito de imagem porque eu trabalhava lá, mas a brincadeira nos traumatizou. No dia seguinte, dei entrada no processo”, afirma Rodolfo Carlos.

O SBT informou que não se pronuncia em relação a assuntos jurídicos. UOL

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