A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou nesta quinta-feira (25) que mulheres infectadas com o vírus Zika continuem amamentando seus bebês, já que não há provas sobre risco de transmissão. "Considerando as provas existentes, os benefícios do aleitamento materno para a criança e para a mãe ultrapassam qualquer risco de transmissão do vírus Zika através do leite materno", avaliou o órgão em recomendações dirigidas às autoridades de países afetados pela epidemia. Segundo a Agência Brasil, a OMS lembrou que o vírus foi detectado no leite materno de duas mães contaminadas, mas esclareceu que "não há atualmente qualquer prova de uma transmissão de Zika para crianças através do aleitamento materno". BAHIA NOTÍCIAS
Especialista defende que infectados pelo vírus Zika fiquem em casa 'para não passar adiante'
A médica paraibana Adriana Melo, responsável por confirmar a associação do vírus Zika à microcefalia no Brasil, defendeu nesta quinta-feira (25) que as autoridades de saúde reforcem a orientação para que infectados pelo vírus Zika permaneçam em casa. "Muitas pessoas que estão doentes vão trabalhar. Tem que pensar nessa orientação. Em caso de doença, essas pessoas têm que ser estimuladas a ficar em casa. Na Europa, por exemplo, uma pessoa gripada é aconselhada a ficar em casa para não passar o vírus adiante", afirmou durante sessão temática no Senado. Segundo a Agência Brasil, o encontro reuniu parlamentares, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, além de médicos e pesquisadores. Adriana ainda ressaltou a necessidade de melhoria dos equipamentos de ultrassonografia e a capacitação dos profissionais que fazem o exame. "Em caso de dúvida, o diagnóstico é feito pela ultrassonografia durante a gestação. É possível fazer, mas tem que melhorar qualidade dos aparelhos e capacitar o pessoal. São coisas simples e que barateiam muito a assistência aos pacientes". Ao fazer um balanço das ações e das parceiras que o governo tem tomado para combater o mosquito, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, voltou dizer que, apesar dos cientistas serem cautelosos e de não confirmarem associação direta entre casos de microcefalia e o vírus Zika, para o Ministério da Saúde não há dúvidas desde novembro. "Comunicamos [à Organização Mundial de Saúde (OMS)] a identificação do vírus Zika em dois óbitos e a associação com a microcefalia no dia 29 de novembro. Quer dizer, essa dúvida, que ainda existe para alguns cientistas e para alguns pesquisadores nacionais e internacionais, não existe para o Ministério da Saúde desde o dia 29 de novembro. De lá para cá, todos os dados só vêm confirmando aquilo que já havíamos declarado naquela época", observou. BAHIA NOTÍCIAS
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