A longa vida de Hebe Camargo, que morreu aos 83 anos, vítima de câncer, acaba de ganhar mais um registro oficial, rico em detalhes. A biografia da mais importante apresentadora do Brasil, escrita pelo jornalista Artur Xexéo, será lançada em maio. Em 264 páginas, o autor detalha fatos da vida pessoal e profissional dela, como aborto, a transformação de morena para loura e rivalidade com Cidinha Campos, por exemplo. Além de depoimentos de pessoas que fizeram parte da vida da apresentadora, o escritor colheu depoimentos da biografada, pouco antes de ela morrer, em 2012.
Aborto
“Eu fiz. Fiz justamente porque achei que era uma coisa muito delicada esse filho ter uma irmã de um mesmo pai com outra mulher... outra irmã com outra mulher. Essa criança ia ficar com uma cabeça tão louca que ia ficar sem saber... Eu acho que é uma coisa muito pessoal. Eu não aconselho as pessoas a fazerem. Eu não aconselho. Acho que é uma coisa que cada um tem que saber o que deve fazer. É uma coisa de conscientização própria”, detalhou Hebe. Na ocasião, ela mantinha um relacionamento com Luis Ramos que, além de esposa, tinha outra amante. Hebe e o empresário começaram a se relacionar em 1949 e ficaram juntos por oito anos.
A loura que era morena
“Eu estava em Nova Iorque com o Luis Ramos e vi aquela mulherada toda loura. ‘Nossa, que coisa linda essas mulheres, pensei’. Comecei, então, a passar água oxigenada na parte de cima do cabelo e gostei”, contou a apresentadora. A transformação ocorreu em 1957, mesma época em que terminou com Luisão (Luis Ramos).
Briga com Cidinha Campos
“Eu tinha a obrigação de ser ‘a má’, e ela não gostava disso. Eu acho que ela foi se irritando com isso. Eu preparava minhas fichas com as minhas perguntas. E as dela — nem todas —, eram preparadas pela produção. Ela começou a achar que as melhores perguntas eram minhas. Ela nunca disse isso claramente. Mas começou a pedir para ver a minha ficha antes de o programa começar a ser gravado, e, de vez em quando, ela trocava as fichas, ficando com as minhas”, declarou Cidinha Campos, que participava do programa “Hebe”, em 1966, para acrescentar em outro trecho: "Quando eu roubava a cena, ela não gostava. Mas isso quase nunca acontecia". IBAHIA
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