Nos centros urbanos é a baixa umidade relativa do ar a grande responsável pelo aparecimento de gripes e resfriados, tendo como principal sintoma a obstrução nasal.
Nesse período aumenta a procura por automedicação, principalmente os descongestionantes nasais, pelo alívio rápido de alguns sintomas respiratórios.
Segundo a otorrinolaringologista, Dra. Silvana Bellotto, essa medicação age desobstruindo as narinas temporariamente, mas o seu uso excessivo pode trazer complicações à saúde.
“Ele é um remédio que não pode ser utilizado indiscriminadamente e deve ser receitado por um especialista, alertando seu paciente sobre os efeitos colaterais, assim como os malefícios quando usado continuamente”, comenta.
O descongestionante nasal atua diminuindo o calibre dos vasos sanguíneos, que estão dilatados quando há gripe, resfriado ou reação alérgica.
"Com o uso contínuo, o nariz absorve quantidades cada vez maiores do medicamento, atingindo a corrente sanguínea de todo o corpo. Nesse momento surgem os efeitos colaterais, com taquicardia e arritmia”, alerta a especialista.
Entre outras consequências está a rinite medicamentosa e a dependência física/química e psicológica que a ação dos vasoconstritores provoca no paciente.
Em caso de dificuldades para respirar ou outros incômodos, procure um especialista para avaliar o melhor tratamento.
“Lavar as narinas com soro fisiológico, deixar bacias com água nos quartos e manter uma boa higiene ambiental diariamente é muito importante, especialmente em dias em que o tempo está mais seco”, finaliza a otorrino. TRIBUNA DA BAHIA
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