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sexta-feira, 27 de julho de 2018

Cerca de 30% das crianças apresentam insônia comportamental

Mamãe, estou com fome! Mamãe estou com sede! Mamãe estou com calor! Caso você seja mãe ou pai de uma criança que costuma fazer essas afirmações quando você tenta fazê-la dormir, atenção!
Isso pode ser um distúrbio do sono chamado insônia comportamental. Este tipo de insônia é caracterizado pela dificuldade da criança em iniciar e manter o sono. O resultado? Sono inadequado e diversos impactos negativos para a criança e, claro, para os pais que também não conseguem ter uma boa qualidade e nem quantidade de sono.
Segundo a neuropediatra Dra. Andrea Weinmann, dentre todos os distúrbios do sono, a insônia comportamental é mais prevalente, afetando de 20 a 30% das crianças.
“Muitos pais desconhecem, mas alguns hábitos nos primeiros meses de vida podem, futuramente, induzir à insônia comportamental. Um exemplo é aquele bebê que só dorme embalado no colo ou dentro do carro em movimento. No desespero para fazer o bebê dormir, os pais podem adotar estratégias que irão impactar na dificuldade dessa criança pegar no sono sozinha quando ela crescer”, explica Dra. Andrea.
Em crianças maiores, há estratégias mais elaboradas, como solicitar aos pais alimentos, água, ou ainda precisar da presença de um deles para adormecer. Elas se recusam, literalmente, em ir para a cama.
“Além deste aspecto da dificuldade para iniciar o sono de forma independente, pode haver associação com frequentes despertares noturnos. Assim, além da criança ter uma enorme dificuldade em dormir, ela acorda várias vezes durante a noite”, completa a neuropediatra.
O impacto da insônia no desenvolvimento infantil
É inegável a importância do sono para o desenvolvimento infantil e ao longo da vida. Entretanto, uma criança que tem insônia tem um risco maior de ter sérias consequências negativas na saúde física, nas emoções e na cognição.
“Há estudos mostrando que a insônia, em um cérebro ainda em desenvolvimento, pode acarretar em uma maior probabilidade de desenvolver problemas como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), problemas de aprendizado, de comportamento, depressão, ansiedade, entre outros.
O que fazer?
Como a insônia está ligada ao sistema nervoso, o ideal é que os pais procurem um neuropediatra. “Na consulta iremos fazer uma entrevista criteriosa com os pais para entender como é a rotina da criança e da família na hora do sono. Regularidade, duração do sono, resistência na hora de dormir, dificuldade de iniciar o sono e despertares noturnos frequentes podem ser indícios importantes para fechar o diagnóstico, assim como sonolência diurna”, comenta Dra. Andrea.
O neuropediatra irá descartar outras possíveis causas, como problemas respiratórios e outros distúrbios do sono. Também irá entender o impacto dos problemas do sono na criança e família para propor estratégias e recursos que possam ajudar a gerenciar o problema.

Como é tratada?
"O tratamento da insônia comportamental não envolve medicamentos, mesmo porque não há nenhum fármaco aprovado pelos órgãos reguladores para tratar insônia em crianças. Assim, é preciso usar os recursos de intervenção de comportamento para gerenciar a insônia", comenta Dra. Andrea.
Uma revisão de 52 estudos mostrou que as intervenções comportamentais têm efeitos clinicamente significativos, levando a melhorias no sono das crianças, no comportamento delas e no bem-estar da família.
O que os pais não devem fazer: Novamente é preciso que os pais sejam rígidos com os horários e não atendam aos pedidos da criança. Os pais devem estabelecer os limites e fazer a adequada higiene do sono. ACORDA CIDADE

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