Um dos métodos mais simples e seguros para detecção de doenças do aparelho digestivo, a endoscopia digestiva alta ainda é constantemente envolvida em mitos. O procedimento faz parte da chamada “medicina preventiva”, cuja promoção é fundamental, sobretudo ao pensarmos em doenças importantes, como o câncer. Com o exame, é possível detectar neoplasias ainda em estágio inicial, de forma não invasiva, aumentando as chances de cura.
“Atualmente, os aparelhos que realizam endoscopia são equipados com câmeras sensíveis e de alta definição, que permitem verificar com precisão a superfície dos órgãos. Além disso, podemos realizar magnificação da imagem e filtros de cromoscopia que auxiliam no diagnóstico precoce. O procedimento é indicado para pacientes que tenham histórico familiar de problemas digestivos, além dos que apresentam dor e queimação na boca do estômago, má digestão, azia, sensação de estufamento após ingerir pequenas porções de comida, e perda de peso e/ou anemia sem motivo aparente”, explica o Dr. Tomazo Franzini, diretor da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed).
O especialista reforça a necessidade de informar-se acerca do procedimento, para não deixar que lendas impeçam a sua realização. Corroborando para a difusão desses dados, o diretor da Sobed esclarece mitos e verdades referentes à Endoscopia Digestiva Alta.
Fazer endoscopia dói.
MITO - A endoscopia digestiva é um exame completamente indolor, pois um sedativo é utilizado, evitando qualquer tipo de desconforto.
Deve-se levar um acompanhante.
VERDADE - O exame só pode ser realizado com a presença de um adulto maior de 18 anos como acompanhante, que será o responsável por levar o paciente de volta para casa.
Durante o exame, a respiração é comprometida.
MITO - Os caminhos do exame não são os mesmos da respiração: o endoscópio é introduzido pela boca e encaminhado ao esôfago; já o ar entra pelo nariz, passando pela laringe e traqueia até alcançar o esôfago.
A endoscopia também pode ser usada para tratamento.
VERDADE - Pólipos e até câncer em estágio inicial podem ser removidos por meio de acessórios específicos. Hemorragias causadas por úlcera ou ruptura de varizes no esôfago ou estômago também podem receber o tratamento por meio da endoscopia digestiva. Fístulas no esôfago e estômago podem ser tratadas com clips ou próteses, estas últimas também utilizadas em casos de paliação de tumores avançados.
É um procedimento demorado.
DEPENDE - Se for usado apenas para rastreio, pode durar aproximadamente 10 a 15 minutos. Esse tempo pode ser maior, caso a endoscopia seja para fins terapêuticos. ACORDA CIDADE
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