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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Inseticida feito com extrato de sisal mata a larva do mosquito da dengue

Um estudo realizado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em parceria com a Embrapa, obteve um inseticida natural à base de extrato (suco) retirado das folhas do sisal (Agave sisalana) que se mostrou eficaz contra as larvas do Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como a dengue, zika e chikungunya. O produto ataca o intestino das larvas, levando-as à morte em menos de 24 horas. 
Segundo a vice-diretora do Centro de Biotecnologia da UFPB, Fabíola Nunes, coordenadora da pesquisa, os ensaios biológicos constataram a morte de larvas a partir da dosagem de quatro mililitros de suco de sisal para cada 100 litros de água. "Testamos em larvas e obtivemos um resultado promissor, com 100% de mortalidade na fase larval, que é a fase aquática", relata.
"Fizemos também testes nas outras fases do inseto (ovo, pupa e mosquito adulto), mas o produto não tem efeito. Acreditamos que isso ocorre porque na fase de larva o inseto se alimenta da solução e provavelmente morre por ingestão do produto, pois verificamos que havia necrose nas células intestinais das larvas", acrescenta.
Fabíola começou a pesquisa durante o doutorado na UFPB em 2012. "Eu estava testando outras substâncias para as larvas do Aedes aegypti quando a Embrapa solicitou nossa parceria para que o suco do sisal fosse testado em carrapatos e lagartas. Testamos em larvas e obtivemos um resultado promissor", conta.
O suco do sisal possui vários compostos orgânicos, com destaque para as saponinas, que podem causar toxidade, irritação e até morte de carrapatos, lagartas de determinadas espécies e outros insetos.
Conforme a pesquisadora, os testes mostraram que, se diluído nas proporções recomendadas, a ingestão ou o contato do suco com a pele não causa nenhum tipo de dano para animais como camundongos e ovelhas. "Nos testes iniciais, já verificamos que não é tóxico para animais de laboratório. Precisamos fazer mais testes para determinar a toxicidade para outros animais," informa.
Os próximos passos serão realizar os estudos para que o produto seja disponibilizado para as pessoas de forma segura e com instruções bem detalhadas. "A pesquisa ainda precisa responder a algumas questões como: por quanto tempo o produto mantém o efeito; qual é o seu mecanismo de ação; e qual a melhor maneira de disponibilizar o produto no mercado", afirma Fabíola.
Umas das possibilidades de aplicação é utilizar o extrato de sisal em pó para ser diluído em recipientes de água parada. Ele poderia ser utilizado em alternância com outros larvicidas disponibilizados pelo Ministério da Saúde. A pesquisadora explica que a alternância de produtos de diferentes mecanismos de ação é uma estratégia adotada para que o inseto não adquira resistência ao produto. TRIBUNA DA BAHIA

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