O início do inverno no Brasil coincide com o Dia Nacional do Controle da
Asma, 21 de junho. Neste dia, muitos profissionais e organizações de
saúde, a exemplo do Planserv, buscam alertar a população sobre a asma,
uma das doenças que mais levam pessoas aos serviços de urgência. Na
Bahia, neste período, a inalação de fumaça proveniente da queima de
fogos de artifício, comuns nos festejos juninos e em dia de jogos do
Brasil da Copa do Mundo, pioram a situação. O melhor é evitar o contato.
As crises asmáticas podem ser desencadeadas quando a pessoa se expõe a
substâncias transportadas pelo ar, tais como fumaça, sobretudo provocada
por cigarro e fogos; ácaros; poeira; pelos de animais; poluentes
ambientais; mofo; substâncias químicas (tintas, desinfetantes e produtos
de limpeza) e infecções virais (gripe), além de certos medicamentos.
Fatores emocionais e atividade física intensa também podem provocar
irritação das vias aéreas.
A doença - A asma é uma doença inflamatória crônica dos
brônquios, que são as vias por onde entra e sai o ar que respiramos. No
asmático, a passagem do ar é dificultada porque os brônquios sofrem
estreitamento, causado pela contração dos músculos ao seu redor e pelo
aumento da produção de catarro. Segundo a Organização Mundial de Saúde
(OMS), 300 milhões de pessoas no mundo convivem com a asma. No Brasil, a
doença atinge cerca de 20 milhões de pessoas e é responsável por cerca
de três mil mortes por ano, sendo a quarta causa de internação
hospitalar, afetando indivíduos de todas as idades.
Sintomas - No inverno, os casos de internação por
doenças respiratórias aumentam de 35 a 50%. Nessa estação, as crises de
asma tendem a aumentar porque o frio deixa as vias aéreas mais sensíveis
e as infecções virais, como a gripe, são mais frequentes. Os sintomas
mais comuns da asma são: tosse (seca ou com catarro), falta de ar,
chiado e sensação de aperto ou opressão no peito. Para confirmar o
diagnóstico, é importante realizar a espirometria, exame que mede a
quantidade de ar que o paciente consegue expirar. Os resultados permitem
verificar se existe obstrução à passagem do ar nas vias aéreas,
principal característica da asma.
Tratamento - Apesar de não existir cura para a asma, a
doença pode ser bem controlada com a vasta gama de medicamentos
disponíveis. Seu uso deve ser sempre orientado por um médico, após uma
avaliação criteriosa. As medicações para asma são divididas em dois
grupos: as que servem para tirar o paciente da crise aguda e aquelas que
controlam a inflamação a fim de evitar as crises.
A via preferencial para utilização dos medicamentos é a inalatória,
porque permite que a medicação seja administrada diretamente no pulmão.
Desta forma, a ação é mais rápida e a dosagem, menor, o que acarreta
menos efeitos colaterais. ACORDA CIDADE
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