Com o aumento do número de casos de H1N1 na Bahia, cresce o alerta entre profissionais de saúde e a população sobre formas de prevenção e a importância de ficar atento aos sintomas. De acordo com boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), até o dia 2 junho havia sido registrado 174 casos confirmados da gripe H1N1 no estado, com 20 óbitos. No mesmo período de 2017, só houve dois casos de H1N1 e nenhum óbito por conta da gripe.
Ao total, a Sesab divulgou 1.166 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com 87 óbitos. Desse total de casos, 225 foram confirmados para Influenza, sendo 174 pelo subtipo H1N1. “Trata-se de uma doença sazonal, associada aos meses frios do ano. Desta forma, o aumento no número de casos nesse período é esperado. Contudo, não há como prever a carga da doença a cada ano porque a circulação viral varia muito. Além disso, o vírus tem uma capacidade enorme de sofrer mutações genéticas para se adaptar ao ambiente”, explica o mestre em Saúde Coletiva e professor da Pós-Graduação da UNIFACS, Ramon Saavedra.
O especialista alerta que o vírus H1N1 pode causar tanto a gripe comum como a SRAG, e a evolução da doença depende de fatores e condições de risco do indivíduo. Apesar de os sintomas de ambas serem bem semelhantes – febre de início súbito, tosse ou dor de garganta, dor de cabeça, dor muscular e dor nas articulações – a SRAG se distingue pelo desconforto respiratório, o que acende o alerta para procurar assistência médica.
“É fundamental que os profissionais da linha de frente, sobretudo os de urgência e emergência estejam sensibilizados e atentos com a atual situação epidemiológica da doença no sentido de desencadear as medidas de tratamento, prevenção e controle em tempo hábil e, com isso, garantir a cura dos pacientes”, destaca Saavedra.
Como professor da UNIFACS nos cursos de MBA em Gestão de Serviços de Saúde e da especialização em Cuidados Críticos em Enfermagem, ele reconhece a importância de profissionais de saúde competentes para que a suspeita diagnóstica seja realizada e o tratamento iniciado o quanto antes. “Se a medicação for administrada até 48 horas do início dos primeiros sintomas, a chance de cura é muito alta”, completa.
Cuidados
A principal forma de prevenção é a vacina, que na rede pública de saúde é ofertada para grupos prioritários, a exemplo de indivíduos com 60 anos ou mais e crianças de 6 meses a menores de 5 anos. “Além da vacina, é importante que todos adotem hábitos saudáveis de vida e higiene como lavagem das mãos várias vezes ao dia, principalmente antes de consumir algum alimento, utilizar lenço descartável para higiene nasal e evitar tocar a face com as mãos e proteger a tosse e o espirro com lenço descartável”, relata o professor.
As medidas de prevenção incluem ainda evitar aglomerações e ambientes fechados, procurando manter sempre os locais bem ventilados, além da adoção de hábitos saudáveis como alimentação balanceada e ingestão de líquidos. ACORDA CIDADE
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