Quando uma mulher engravida, é comum que sua fome aumente - já
que ela tem de nutrir seu corpo e também o novo ser que está se formando dentro
dela. Entretanto, isso não significa que a mulher deva literalmente comer por
dois, pois isso traz consequências negativas para a mãe e para o bebê a longo
prazo, de acordo com um novo estudo.
Pesquisa
publicada no The American Journal of Clinical Nutrition analisou
dados de mais de 11 mil mulheres do Avon Longitudinal Study of Parents and
Children, que registra informações ao longo dos anos de mães que engravidaram
entre 1991 e 1992 e seus filhos. Os resultados mostram que cerca de 36% mulheres tiveram
"perda de controle na alimentação" (LOC, na sigla em inglês) enquanto
estavam grávidas, e 5% disseram que a falta de controle é constante. As
mulheres com LOC engordaram em média 3,5 quilos a mais durante a gravidez do
que aquelas que não tiveram o distúrbo.
Os filhos das grávidas com compulsão
alimentar têm duas vezes mais chances de ficarem obesos até os 15 anos.
Entretanto, o estudo ainda não descobriu por que exatamente a compulsão
alimentar durante a gravidez está associada a obesidade infantil. Além
disso, as mulheres que tiveram descontrole na alimentação tinham menos
vitaminas B1 e ácido fólico em relação àquelas que não tiveram. Elas também
acabaram comendo mais lanches não saudáveis, como chocolate e bolos, e menos
ingestão de vitamina A, C e B6. Essas mulheres com compulsão alimentar também
mostraram uma tendência maior a serem infelizes com seus corpos. O
estudo sugere que, para controlar esse descontrole na alimentação durante a
gestação, a mãe deve ter apoio piscológico e tratamente nutricional específico,
que vão ajudar a saúde da mãe e do bebê. TERRA
Nenhum comentário:
Postar um comentário